24 - abril - 2024
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As dores do brasileiro no cotidiano

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“A dor sempre preocupa até se ter o diagnóstico”

No Brasil, a dor de cabeça afeta mais a população, mas as dores nas costas ocorrem com mais frequência

Sabe quando aparece aquela dorzinha incômoda e que, de repente, torna-se torna tão intensa a ponto de nos impedir de fazer as atividades do dia a dia? Um estudo levantou as dores do brasileiro. E mostrou que a dor de cabeça afeta oito em cada dez pessoas por aqui. Já as dores nas costas e musculares estão presentes no dia a dia de seis em cada dez brasileiros.

Os dados estão na segunda edição da pesquisa A Dor no Cotidiano, realizada no ano passado pelo Ibope Conecta em parceria com a Advil. O levantamento aponta que 78% dos brasileiros relatam dor de cabeça;  63% dizem ter dores nas costas; e 61%, dores musculares.

Em um ano, as dores se tornaram mais presentes na vida do brasileiro. Na primeira edição, feita em 2015, 65% dos entrevistados disseram que a dor de cabeça foi a que sentiram com maior frequência nos três meses anteriores à pesquisa, 41% relataram dor nas costas e 40%, dores musculares.

A dor nas costas é a mais frequente: atrapalha a rotina de 64% dos entrevistados pelo menos uma vez por semana. Mas as dores musculares e a dor de cabeça vêm logo atrás, com relatos de 55% e 58% dos entrevistados, respectivamente.

Dor de cabeça

De acordo com o estudo de 2016, o estresse é o principal fator que desencadeia a dor de cabeça. Mas o médico especialista em anestesiologia e dor Irimar de Paula Posso, presidente da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (Sbed), alerta que as dores de cabeça podem aparecer devido às mais variadas causas.

“Existem dores de cabeça que não têm uma causa sistêmica. Mas elas podem ser sinal de algo mais grave, como um tumor na cabeça, em que a dor vai progredindo, ou uma ruptura do vaso na meninge, que pode matar se não for tratada a tempo”, explica o presidente da Sbed. Outras, como a enxaqueca, não indicam nada grave, mas são incapacitantes. Elas ainda podem ser sintoma de outras doenças, como sinusite e meningite. “Se a pessoa tem histórico de dor de cabeça, deve procurar o seu médico”, orienta.

Dores nas costas e musculares

As dores nas costas e musculares, conforme o levantamento, estão relacionadas principalmente à má postura. “A dor lombar acomete grande percentual da população. O aumento da obesidade contribui para isso, porque o peso força a coluna. O sedentarismo também. Hoje as pessoas ficam muito tempo sentadas por causa do trabalho. Mas se sentam de forma errada”, diz Posso. Além disso, ele alerta que uma alimentação errada leva à descalcificação dos ossos da coluna, osteoporose e hérnia de disco. “O tabagismo e o consumo de refrigerantes também”, afirma.

Busca de diagnóstico, tratamento e prevenção

“A dor sempre preocupa até se ter o diagnóstico”, alerta o presidente da Sbed. Ele diz que é preciso descobrir por que a dor ocorre, de onde e como surgiu. Isso, ressalta, só conseguimos saber indo ao médico. “Porque a dor pode ser algo incidental, que se resolve sozinho, mas pode ser perpétua. Ou sinal de que alguma doença grave está se instalando”, explica.

O médico é quem vai orientar sobre o tratamento e, sim, também sobre a prevenção. “Muitos tipos de cefaleia, como a enxaqueca, podem ser prevenidos com medicação”, diz Posso. Já na dor lombar, a prevenção pode ser um tratamento não medicamentoso, como a fisioterapia, a ioga, a acupuntura e até a hipnose.

“A fisioterapia ajuda muito a evitar o uso de medicamentos, que podem ter eventos adversos, alguns maiores, outros menores”, alerta o presidente da Sbed. Ele ressalta ainda o risco da automedicação (veja o post “Os riscos do abuso de analgésicos e antitérmicos“). “É preciso procurar um médico para tratar adequadamente a sua dor e fazer a prevenção”, reafirma.

Tipos de dor

A dor pode ser classificada em aguda ou crônica.

A dor aguda pode ser de início súbito ou não, mas não é superior a três meses. Tem função fisiológica, pois alerta que algo pode estar acontecendo. Por exemplo, dor no peito pode ser sinal de infarto e cólica, de uma diarreia. Serve para alertar que algo não está bom ou que algo pode acontecer. “Sempre que tivermos dor aguda, temos que acabar com ela porque a dor pode se tornar crônica e mais difícil de ser tratada”, orienta o presidente da Sbed.

“Quem não sente dor tem vida curta. Não tem os sinais básicos para fazer o diagnóstico. Não se tem dor, se morre mais cedo porque não se tem a proteção, não existe o sentido de preservação”, diz Posso.

A dor crônica dura mais de três meses. “É doença. Não tem função alguma”, afirma Posso. Algumas são fáceis, mais simples de se tratar. A espinha no rosto, por exemplo, ou uma contusão leve que sara com o tempo, gelo ou água quente. Outras são mais difíceis, como as queimaduras extensas que podem ter complicações, como infecção.

As dores de cabeça, nas costas e musculares podem ser agudas ou crônicas, de simples tratamento ou não. Seja qual for, “a dor deve ser respeitada”, afirma o médico. “Tem gente que diz que a dor é sua velha companheira, que sofre com dores há 40, 50 anos. Mas, nesses casos, é preciso conhecer bem a sua dor para sofrer menos com ela”, diz.

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    • Renata,
      Fico feliz em saber que gosta do blog. Estamos abertos a sugestões de assuntos para serem abordados por aqui. Obrigada pela audiência!
      Abraço,
      Carla

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Carla Chein
Carla Chein
Carla Chein é jornalista com pós-graduação em jornalismo científico. Tem experiência em jornal impresso e como professora no curso de jornalismo.

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