19 - abril - 2024
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Adolescentes têm vacinas para tomar em 2017

Pais, fiquem atentos! Pelo segundo ano seguido, há alterações na agenda de vacinas para crianças e adolescentes. “Os anos de 2016 e 2017 trazem muitas mudanças nos calendários do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)”, alerta o pediatra José Geraldo Leite Ribeiro, membro do Comitê Assessor do PNI e secretário do Departamento de Vacinas da SBP.

Postos de saúde

No calendário do PNI, que disponibiliza as vacinas gratuitamente nos postos de saúde, os meninos de 12 e 13 anos terão acesso gratuito à vacina HPV a partir de janeiro de 2017, além de brasileiros de 9 a 26 anos com HIV (sendo exigida prescrição médica). O esquema será de duas doses, com intervalo de seis meses entre elas, exceto para os que convivem com HIV, que deverão receber três doses – a segunda dois meses após a primeira, e a terceira, seis meses após a primeira.

Em 2018, serão incluídos meninos de 11 e 12 anos; em 2019, de 10 e 11 anos; e em 2020, de 9 e 10 anos. Aproximadamente 3,6 milhões de jovens serão beneficiados já no ano que vem. Além dos meninos, as adolescentes de 14 anos que não tomaram nenhuma ou apenas uma das doses previstas no esquema do PNI poderão se vacinar gratuitamente no ano que vem. De acordo com o Ministério da Saúde, há cerca de 500 mil meninas nessa situação.

“Já meninos e meninas de 12 e 13 anos receberão uma dose da vacina meningocócica C conjugada, importante para prevenção das meningites na adolescência”, afirma o pediatra. Atualmente, a aplicação é restrita a menores de 5 anos. O esquema será de uma dose ou reforço, de acordo com a situação vacinal. O público que receberá a vacina meningocócica C conjugada também será ampliado gradualmente até 2020, como ocorrerá com a vacina HPV.

Ainda no PNI, em 2016, foi realizada mudança no esquema de vacinação contra a poliomielite, adaptando as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS). “As três primeiras doses do esquema passaram a serem feitas com a vacina injetável que, como contém vírus mortos, é mais segura para nossas crianças nas primeiras doses”, explica Ribeiro. Duas doses como uma nova vacina oral, bivalente, são aplicadas como reforço.

Clínicas particulares

Quanto ao calendário da SBP, que é seguido pelos médicos pediatras e inclui vacinas que precisam ser pagas, Ribeiro destaca a recomendação do uso da vacina conjugada ACWY e da vacina meningocócica B já a partir dos três meses de idade. “Ambas já constam do calendário básico de vários países, aumentando a proteção das crianças em relação às meningites. São consideradas seguras e eficazes”, diz.

Outra nova recomendação é o uso da vacina contra a dengue, em regiões endêmicas, na idade de 9 a 45 anos. Ribeiro afirma que a vacina produzida pela Sanofi Pasteur, única atualmente disponível no mundo, tem eficácia média de 65% para qualquer forma de dengue, 80% para hospitalização por dengue e mais de 90% de proteção para formas graves.

Vacinas e grupos incluídos no calendário
Meningocócica ACWY

O que previne: meningites e infecções generalizadas (doenças meningocócicas) causadas pela bactéria meningococo dos tipos A, C, W e Y.

Como é feita: é inativada, portanto, não tem como causar a doença.

Indicação: as sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam o uso rotineiro dessa vacina para crianças, adolescentes e adultos. Na impossibilidade de usar a vacina ACWY, deve-se utilizar a vacina meningocócica C conjugada.

Esquema de doses: para crianças, a vacinação deve iniciar aos 3 meses de idade com três doses no primeiro ano de vida e reforços aos 12 meses, 5 anos e 11 anos de idade. Para adolescentes que nunca receberam a vacina meningocócica conjugada quadrivalente — ACWY, são recomendadas duas doses com intervalo de cinco anos.

Onde encontrar: clínicas particulares.

Dengue

O que previne: infecção causada pelos quatro sorotipos de dengue: DEN1, DEN2, DEN3 e DEN4.

Como é feita: trata-se de vacina atenuada, composta pelos quatro sorotipos vivos do vírus dengue, obtidos separadamente por tecnologia de DNA recombinante.

Indicação: a vacina está licenciada para crianças a partir de 9 anos de idade, adolescentes e adultos até 45 anos.

Esquema de doses: três doses,  com intervalo de seis meses.

Onde encontrar: clínicas privadas de vacinação.

HPV bivalente

O que previne: infecções persistentes e lesões pré-cancerosas causadas pelos tipos de HPV 16 e 18. Indicada para a prevenção do câncer de colo de útero.

Como é feita: trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença. É composta pelas proteínas L1 do papilomavírus humano (HPV) tipos 16 e 18.

Indicação: para meninas e mulheres a partir de 9 anos de idade, o mais precocemente possível.

Esquema de doses: são recomendadas três doses: a segunda, um mês após a primeira, e a terceira, seis meses após a primeira dose.

Onde encontrar: clínicas particulares.

HPV quadrivalente

O que previne: infecções persistentes e lesões pré-cancerosas causadas pelos tipos de HPV 6,11,16,18. Também previne o câncer de colo do útero, da vulva, da vagina, do ânus e verrugas genitais (condiloma).

Como é feita: trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença.

Indicação: o Programa Nacional de Imunizações (PNI) disponibiliza a vacina para meninas de 9 a 13 anos de idade. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) recomendam a vacinação de meninas e mulheres de 9 a 45 anos de idade e meninos e jovens de 9 a 26 anos.

Esquemas de doses: a vacinação deve iniciar a partir dos 9 anos de idade, o mais cedo possível. Esquema padrão de três doses (para todas as idades): a segunda dose dois meses após a primeira, e a terceira seis meses após a primeira. Na rede pública, a vacina está disponível em duas doses para meninas de 9 a 13 anos: a segunda, seis meses após a primeira. Esse esquema é válido e exclusivo para menores de 15 anos. Meninas e mulheres portadoras de HIV com idade entre 9 e 26 anos, podem ser vacinadas na rede pública, com esquema de três doses: a segunda, dois meses após a primeira, e a terceira, seis meses após a primeira dose.

Onde encontrar: rede pública e clínicas particulares.

Poliomielite

O que previne: paralisia infantil.

Como é feita:

Vacina Oral Poliomielite (VOP) – é uma vacina oral atenuada trivalente, ou seja, composta pelos vírus da pólio tipos 1, 2 e 3, vivos, mas “enfraquecidos”.
Vacina Inativada Poliomielite (VIP) – por ser inativada, não tem como causar a doença. É uma vacina trivalente e injetável, composta por partículas dos vírus da pólio tipos 1, 2 e 3.

Indicação: a vacina poliomielite é indicada de rotina para todas as crianças menores de 5 anos. Neste ano, o PNI passou a adotar a a VIP nas três primeiras doses a  e VOP nos reforços e campanhas anuais de vacinação. A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) orienta que a VIP seja a vacina de preferência na administração de todas as doses. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a VIP para todos os paísos debaixo risco para a doença, como o Brasil.

Onde encontrar:
• VOP – apenas na rede pública.
• VIP – a apresentação isolada está disponível na rede pública. Na rede particular, está disponível apenas em apresentações combinadas com outras vacinas. Nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (Cries), a apresentação isolada está disponível para crianças e adultos imunodeprimidos ou contactantes de imunodeprimidos, situações que contraindicam o uso da vacina VOP.

Meningocócica C conjugada

O que previne: doenças causadas pelo meningococo C (incluindo meningite e meningococcemia).

Como é feita: vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença .

Indicação: crianças e adolescentes.

Esquemas de doses: o PNI disponibiliza três doses da vacina: aos 3 e 5 meses, com reforço aos 12 meses (podendo ser aplicado até os 4 anos). As sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam que, além dessas doses, sejam feitos reforços entre 5 e 6 e aos 11 anos de idade. Para adolescentes, a SBP e a SBIm recomendam duas doses com intervalo de cinco anos.

Onde encontrar: na rede pública, para crianças de 2 meses a menores de 5 anos de idade. Na rede particular, para crianças a partir de 2 meses, adolescentes e adultos. Nos Centros de Referência em Imunobiológicos Especiais (Cries), para pessoas com condições clínicas específicas de risco para a doença.

Meningocócica B

O que previne: meningites e infecções generalizadas (doenças meningocócicas) causadas pela bactéria meningococo do tipo B.

Como é feita: trata-se de vacina inativada, portanto, não causa infecção.

Indicação: as sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam o uso rotineiro de quatro doses da vacina meningocócica B aos 3, 5 e 7 meses de vida e entre 12 e 15 meses. De 6 meses a 10 anos, são recomendadas duas doses com intervalo de dois meses e reforço apenas até 11 meses. Para adolescentes não vacinados antes, a SBP e a SBIm recomendam duas doses com intervalo de um mês. Para crianças mais velhas que não foram vacinadas o esquema de doses varia conforme a faixa etária.

Onde encontrar: clínicas particulares.

Atenção!!!

Confira todas as vacinas disponíveis no Brasil, nas redes pública e privada, para quais faixas etárias, se há recomendações antes de tomá-las, quais as contra-indicações e os efeitos colaterais no site da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm)

Saiba mais

Veja as mudanças no Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, em nota da pasta divulgada pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBim)

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Carla Chein
Carla Chein
Carla Chein é jornalista com pós-graduação em jornalismo científico. Tem experiência em jornal impresso e como professora no curso de jornalismo.

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