19 - abril - 2024
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Calor requer cuidados para hidratação do idoso

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Pessoas acima de 60 anos tendem a tomar menos água

Geriatra alerta que é preciso estimulá-las para que se hidratem
Hidratação do idoso
Crédito: Freepik

O calor excessivo faz mal para todo mundo. Há quem fique irritado e impaciente. Outros se mostram sonolentos. Imagine as consequências para quem tem acima de 60 anos! É que, devido ao envelhecimento, geralmente, o idoso apresenta uma menor capacidade de se adaptar à elevação dos termômetros. E, por isso, precisa de mais atenção para evitar problemas como a desidratação e a hipertermia. O alerta para os cuidados com a hidratação do idoso é feito pelo médico geriatra José Elias Soares Pinheiro, presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).

Entre as alterações no organismo devido ao envelhecimento, estão a diminuição da percepção do calor, a queda na capacidade de eliminar o calor do corpo (termólise) e a redução da sensação de sede. “Não se pode esperar que os idosos tenham vontade de tomar água”, afirma o geriatra. É preciso estimulá-los para que se hidratem com constância, criando uma rotina.

A idade do início das alterações no organismo devido ao envelhecimento pode variar. Mas estudos apontam que o envelhecimento do ser humano começa já perto dos 28 anos de idade. “Em termos de equilíbrio de temperatura, podemos esperar que, acima de 60 anos, deve-se atentar aos sinais de desidratação e ter cuidados com a saúde frente às altas temperaturas”, explica Pinheiro.

Os cuidados devem ocorrer independentemente da estação do ano. “Devido às características climáticas do Brasil, em que o calor tem se mostrado intenso não apenas no verão, como tem ocorrido nos últimos anos, é fundamental manter esses cuidados com a saúde frente às altas temperaturas”, diz Pinheiro.

Resfriamento

A temperatura regular do corpo fica em torno de 36 graus Celsius. Quando há uma elevação, o organismo utiliza várias estratégias para resfriá-lo, como o suor. “Se a pessoa ficar muito tempo no sol e não tomar líquidos suficientes, o processo de resfriamento do corpo pode não funcionar corretamente. Então, o corpo se desidrata, não ocorre a sudorese e, assim, a temperatura pode aumentar, causando sérios riscos à saúde do idoso”, alerta o geriatra.

Em altas temperaturas, as proteínas do corpo, bem como membranas celulares e enzimas (especialmente na região do cérebro), podem ser destruídas ou apresentar um mau funcionamento. Quando o calor do ambiente é extremo, afeta os órgãos internos e causa lesões no coração, nas células musculares e vasos sanguíneos. Ao prejudicar os órgãos internos pode levar a pessoa à morte.

Fique atento

Os sinais de alerta para a hipertermia estão classificados como dores abdominais, contraturas musculares – câimbras, vômito, dor de cabeça, tontura, fraqueza, excesso ou falta de suor, sintomas neurológicos como irritabilidade, alucinações, delírios, convulsões e coma.

Fatores que antecedem a hipertemia e podem agravá-la são doenças pré-existentes como insuficiência cardíaca congestiva, diabetes, enfisema, asma, demências ou comprometimentos da cognição.

“Além disso, certas medicações podem causar desidratação e alterar a resposta ao calor de órgãos como o coração, dos vasos sanguíneos e de glândulas do suor”, alerta Pinheiro. Sobrepeso ou obesidade, ingestão de bebidas alcoólicas e desidratação prévia, alterações de pele como diminuição da circulação de vasos sanguíneos ou de glândulas sudoríparas também podem atrapalhar essa resposta do organismo ao calor.

10 dicas para evitar desidratação nos idosos

1 – Estimule o idoso beber mais água – o ideal é consumir no mínimo 2 litros ao longo do dia

2 – Nos horários de sol forte, busque abrigo em lugares cobertos e arejados ou em áreas que possuam ar-condicionado

3 – Utilize roupas leves, frescas – como as de algodão e cor clara. Óculos de sol e bonés também são aliados

4 – Evite atividade física extenuante na parte mais quente do dia, entre as 10h e as 16h

5 – Filtro solar e banhos mais frios são alguns dos cuidados imprescindíveis com a pele

6 – Evite tomar cafeína e álcool, pois são bebidas que contribuem para a desidratação

7 – Evite refeições quentes

8 – Dê preferência a alimentos como as frutas, verduras e legumes, pois são fontes de vitaminas, minerais e fibras, além de serem mais refrescantes. Sorvetes também devem ser lembrados neste período

9 – Alimente-se a cada três horas

10 – Lave e armazene os alimentos de forma adequada ajudam a evitar contaminação, vômitos e diarreia

Sinais de preocupação

Desidratação (principal deles)
Lábios, garganta, nariz e língua secos
Diminuição da quantidade de urina

Podem ocorrer ainda:
Alterações de comportamento, como agitação, apatia e confusão mental
Sintomas físicos, como dor de cabeça, tonturas, fadiga e mal-estar

Sinais de alerta que exigem a procura do médico

Contraturas musculares
Náuseas
Vômitos
Dor de cabeça
Fraqueza, tonturas e convulsões

O que fazer

Mova a pessoa para um lugar fresco, de preferência com ar-condicionado
Deite-a para que repouse
Remova roupas apertadas e desconfortáveis
Ofereça água se a pessoa estiver consciente
Procure imediatamente ajuda médica

Fonte: Médico geriatra José Elias Soares Pinheiro, presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).
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Carla Chein
Carla Chein
Carla Chein é jornalista com pós-graduação em jornalismo científico. Tem experiência em jornal impresso e como professora no curso de jornalismo.

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