24 - abril - 2024
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Hipertensão arterial e prevenção

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Os riscos da pressão alta, e a importância do seu controle

Hipertenso que não se trata vive 16 anos a menos; veja algumas dicas para evitar a hipertensão arterial

Um hipertenso que não se trata vive 16 anos a menos. E, para complicar ainda mais a situação, apenas 20% dos hipertensos brasileiros se tratam corretamente. Os dados são divulgados nas campanhas educativas da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).

Pois bem, o risco para quem tem hipertensão arterial, ou pressão alta, é não tratá-la. “Se você não tratar a hipertensão, pode desenvolver complicações muito graves”, alerta o cardiologista Marcelo Ferraz Sampaio, membro do comitê científico do Instituto Lado a Lado pela Vida e do Hospital A Beneficência Portuguesa de São Paulo. Essas complicações englobam o  infarto, o acidente vascular cerebral (AVC) e a insuficiência renal, além de levarem a uma série de restrições à nossa qualidade de vida.

O problema ganha proporção com as últimas estatísticas brasileiras. É que, em dez anos, o percentual de hipertensos no país subiu de 22,5% em 2006 para 25,7% em 2016. Esses dados foram divulgados recentemente pela Vigitel 2017 – pesquisa feita por telefone pelo Ministério da Saúde.

Tratamentos

“Temos várias formas de tratamento”, diz Sampaio. Uma delas, por exemplo, é a correção dos hábitos de vida, com dieta, emagrecimento, exercício físico e controle do estresse. Existe, ainda, o tratamento farmacológico, feito com medicamentos. “Hoje temos mais de 150 medicações disponíveis”, explica. Segundo ele, recentemente, foi desenvolvida uma metodologia para tratar a hipertensão arterial com base na angioplastia. “É um método bastante novo e ainda pouco aplicado”, diz.

“O controle da pressão arterial não é difícil, mas passa a ser difícil porque as pessoas têm baixa adesão aos medicamentos. Elas param (de tomar a medicação) no meio do caminho ou porque o custo é alto ou porque acham que estão curadas”, alerta Sampaio. E, como em qualquer doença crônica,  o hipertenso precisa se tratar para o resto da vida. “Mas conscientizar a população sobre isso não é fácil”, lamenta.

O que é

Temos a pressão mínima e a máxima. A normal é 12 por 8. Para algumas pessoas, ter pressão abaixo de 12 por 8, como, por exemplo, 10 por 6, é normal. Já valores iguais ou superiores a 14 (máxima) e/ou 9 (mínima) são considerados como hipertensão para todo mundo. Para você entender: o primeiro número se refere à pressão máxima ou sistólica, que corresponde à contração do coração; o segundo, à pressão do movimento de diástole, quando o coração relaxa.

Causas

É preciso entender que as causas básicas da hipertensão arterial são as genéticas, hereditárias. Então, filhos de pais hipertensos têm 50% de riscos de se tornarem hipertensos. “Obviamente, toda parte genética é uma integração do conteúdo do gene com os estímulos ambientais naquele modelo de fechadura e chave. A fechadura, por exemplo, seria a carga genética e a chave, os estímulos ambientais. Uma vez que se integram chave e fechadura, abre-se a porta da hipertensão arterial, ou seja, a pessoa pode ter a carga genética, mas, se não tiver os estímulos ambientais, os chamados fatores de risco, a probabilidade de desenvolver hipertensão arterial é menor”, explica Sampaio.

hipertensão arterial
Crédito: Reprodução de folder da Sociedade Brasileira de Cardiologia
10 mandamentos para prevenção e controle da pressão alta
  1. Meça a pressão pelo menos uma vez por ano.
  2. Pratique atividades físicas todos os dias.
  3. Mantenha o peso ideal, evite a obesidade.
  4. Adote alimentação saudável: pouco sal, sem frituras e mais frutas, verduras e legumes.
  5. Reduza o consumo de álcool. Se possível, não beba.
  6. Abandone o cigarro.
  7. Nunca pare o tratamento, é para a vida toda.
  8. Siga as orientações do seu médico ou profissional da saúde.
  9. Evite o estresse. Tenha tempo para a família, os amigos e o lazer.
  10. Ame e seja amado.
Fonte: Campanha Eu sou 12 por 8 da Sociedade Brasileira de Cardiologia
5 dicas para reduzir o sal no seu dia dia
  1. Reduzir, não abolir. O sal é importante para o funcionamento do seu organismo e você deve apenas usá-lo de forma saudável.
  2. Use e abuse das especiarias. Diversos temperos podem amenizar a necessidade ou até mesmo substituir o sal na hora de cozinhar.
  3. Alie-se a ervas aromáticas. Tomilho, salsa, louro, alecrim, manjericão e orégano são alguns exemplos.
  4. Evite temperos e caldos comerciais. Uma pequena quantidade deles e sua cota diária de sódio já será atingida.
  5. Prefira sal light ou marinho e use-os com moderação.
Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia
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Carla Chein
Carla Chein
Carla Chein é jornalista com pós-graduação em jornalismo científico. Tem experiência em jornal impresso e como professora no curso de jornalismo.

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