29 - março - 2024
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Coágulos: veja o que é importante saber

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Saiba mais sobre a formação de coágulos e suas complicações

Neurologista alerta que manter uma rotina saudável é essencial para a prevenção

Todos nós temos uma proteína no sangue que forma uma rede responsável por estancar um sangramento ou uma lesão. Essa “rede” é o primeiro passo para reconstituir o tecido lesado. Funciona como a ferida de um joelho ralado, por exemplo.

“Quando há uma predisposição genética ou fatores de riscos externos, essas proteínas se ativam de forma desregulada, formando conglomerados dentro dos vasos sanguíneos chamados de coágulos”, explica o médico neurologista Mauricio Hoshino, da Divisão de Clínica Neurológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

Os coágulos sanguíneos são responsáveis pela morte de 1 pessoa a cada 37 segundos no mundo, segundo a Associação Americana do Coração (AHA).

Esses coágulos que se multiplicam e que se prendem no organismo são chamados de trombos. “Ocasionalmente, esses trombos podem se soltar e transitar pelo organismo. Ao encontrar uma passagem mais estreita, ficam presos e causam a trombose, embolia pulmonar ou AVC. Esses dois últimos são mais graves e podem levar à morte”, alerta o neurologista.

Em 2013, o Ministério da Saúde fez um levantamento mostrando que 42 mil mortes foram causadas pelo acidente vascular cerebral (AVC). É a segunda causa principal de morte no Brasil.

Causas

O médico explica que os fatores externos são os principais responsáveis pela formação dos trombos. Obesidade, tabagismo, imobilidade, hormônios e um estilo de vida sedentário são causas mais frequentes do que a predisposição genética.

A prevenção é o principal fator quando se fala em evitar as doenças ocasionadas pelos trombos. Por serem causados principalmente por fatores externos ligados aos hábitos de vida, vale destacar que cuidar do peso e levar uma rotina saudável é essencial. Para aquelas pessoas com alterações genéticas, é necessário realizar uma avaliação com especialista e estabelecer um cronograma específico.

Sinais de que há coágulos

Cada enfermidade possui o seu diagnóstico específico. “O mais importante é que o indivíduo preste atenção nos sinais que o seu corpo está dando e procure cuidados médicos assim que notar alguma alteração”, diz.

O neurologista afirma que é possível identificar sintomas de que há coágulos e diagnosticá-los precocemente. “Dependendo da região em que o trombo se encontra o corpo, emite sinais bem específicos. No caso da trombose, ou seja, quando o corpo interrompe o fluxo de uma veia de um dos membros, a região fica dolorida, avermelhada, inchada e quente”, explica.

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Em casos mais graves, como a embolia pulmonar, o médico diz que o paciente apresenta dor na região torácica, tosse e dificuldade para respirar. Já no AVC, o coágulo pode interromper o fluxo cerebral e causar dificuldade de fala, paralisia do corpo ou boca torta, alerta. “Em todos os casos, é essencial que o paciente seja levado ao pronto-socorro o quanto antes”, ressalta o neurologista.

Diagnóstico e tratamento

Os diagnósticos envolvem exames de imagem, neurológicos e de sangue. Após o diagnóstico, o paciente entra em tratamento com o uso de medicações que dissolvem o coágulo ou de anticoagulantes, que evitam a progressão do trombo. Em situações específicas, existe o tratamento cirúrgico de urgência. “De uma forma geral, tanto o tratamento medicamentoso quanto o cirúrgico são eficientes, mas dependem do tempo de diagnóstico e da ação dos especialistas”, alerta o médico.

6 coisas que você precisa saber sobre os coágulos

  1. Coágulos causam problemas venosos, que são os sistemas responsáveis pela drenagem do sangue. Não causam usualmente problemas nas artérias.
  2. O uso de aspirina normalmente é utilizado para evitar que placas de gordura terminem por entupir artérias coronárias ou cerebrais. O uso de anticoagulantes na prevenção de AVC e infarto agudo do miocárdio é limitado para situações específicas.
  3. Os coágulos são mais frequentes nas pessoas que utilizam anticoncepcionais, mesmo injetáveis. Também são mais comuns durante a gestação e perto do parto.
  4. Qualquer cirurgia que envolva imobilização das pernas traz alto risco de trombose. As cirurgias ortopédicas, portanto, são as que têm mais risco.
  5. Os coágulos decorrentes de sistema venoso superficial, tipo varizes nas pernas, são menos perigosos pois não migram para órgãos internos.
  6. Quem usa anticoagulante deve tomar maior cuidado com acidentes e corre risco maior de sangramento espontâneo. Como há vários tipos de anticoagulantes, além do risco inerente do uso da medicação, toda decisão e acompanhamento tem que ser discutida com seu médico.
Fonte: Mauricio Hoshino, médico neurologista assistente da Divisão de Clínica Neurológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
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Carla Chein
Carla Chein
Carla Chein é jornalista com pós-graduação em jornalismo científico. Tem experiência em jornal impresso e como professora no curso de jornalismo.

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