26 - dezembro - 2024
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Manter equilíbrio em uma perna mostra envelhecimento saudável

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A capacidade de manter o equilíbrio em uma perna só pode ser uma forma de avaliar a saúde ao envelhecer. É o que sugere um estudo publicado em outubro no periódico Plos One. Essa habilidade pode ser um reflexo do estado geral de uma pessoa, já que exige a integração de vários sistemas (visual, vestibular, entre outros). Exige, também, um bom controle neuromuscular, fatores que tendem a declinar com a idade.

O estudo

Com o envelhecimento, há uma perda em alguns parâmetros, como a força de preensão manual, mudanças na marcha (ao caminhar) e no equilíbrio. E na pesquisa recente, cientistas dos Estados Unidos queriam saber qual desses parâmetros se deteriora mais rápido.

Para isso, avaliaram 40 pessoas saudáveis, divididas em dois grupos – um com mais e outro com menos de 65 anos de idade. Os participantes passaram por vários exames para analisar essas capacidades, incluindo quatro testes de equilíbrio em cima de uma plataforma. Eles tinham de se manter de pé com os olhos abertos e depois com os olhos fechados. E equilibrar-se apenas com a perna direita e depois apenas com a perna esquerda.

Redução do equilíbrio em uma perna

Os resultados sugerem que o chamado equilíbrio unipodal (equilíbrio em uma perna) diminuiu de forma mais acentuada com a idade do que a força muscular. Isso ocorreu especialmente no caso da perna não dominante. Por exemplo, enquanto os mais jovens conseguiam ficar por cerca de 10 segundos nessa posição, alguns mais velhos não chegavam a dois segundos.

Vale destacar, contudo, que se trata de um estudo transversal. Ou seja, que avaliou pessoas com idades diferentes – portanto, não verificou de que forma o mesmo indivíduo envelhece.

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“O declínio de desempenho no equilíbrio em uma perna pode ser um marcador inicial de declínio funcional e do aumento do risco de quedas. No entanto, há diferentes testes de funcionalidade e é difícil falar que um é melhor do que o outro. Na verdade, são complementares”, diz Everton Crivoi do Carmo, doutor em Ciências do Esporte e responsável pela preparação física no Espaço Einstein Esporte e Reabilitação.

Segundo o especialista, há um conjunto de indicadores dentro desses testes que avaliam força, deslocamento, equilíbrio e, consequentemente, a capacidade funcional do indivíduo.

Maior risco de quedas

A perda da capacidade de se equilibrar está associada ao aumento do risco de quedas e fraturas. Especialmente em idosos, já que entre eles os ossos tendem a estar mais frágeis devido à osteoporose. Esse declínio ocorre por conta da redução da força muscular, da menor velocidade de resposta e da perda de coordenação, associadas a prejuízos neuromusculares. De acordo com o estudo, manter o equilíbrio em uma perna só sinaliza um envelhecimento saudável.

“Ela (a perda de equilíbrio) pode afetar a mobilidade geral, o que acaba comprometendo a independência do idoso, limitando sua participação em atividades diárias e sociais e, consequentemente, afetando sua qualidade de vida e saúde mental”, explica Carmo.

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A boa notícia é que isso pode ser evitado, ou ao menos minimizado, por meio de programas regulares de exercício físico. A agenda deve incluir treinamento de força, equilíbrio e coordenação. “Outros exercícios que exigem do controle motor, como o tai chi chuan, o pilates, treinamento de propriocepção e estabilidade, também são eficazes para melhorar o equilíbrio”, orienta o especialista.

Fonte: Agência Einstein

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