06 - junho - 2025
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Musculação contra artrose funciona?

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A musculação contra artrose pode ser uma grande aliada contra a doença. Especialistas, no entanto, alertam que é necessário adotar alguns cuidados antes de iniciar essa atividade física para aliviar e prevenir os sintomas.

O que é artrose

Dor, inchaço, calor, rigidez e vermelhidão nas articulações. Esses sinais, muitas vezes ignorados no início, podem indicar a presença da osteoartrite. A condição, conhecida como “artrose”, deve atingir mais de 1 bilhão de pessoas até 2050, de acordo com o Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde dos EUA.

Caracterizada pelo desgaste progressivo das articulações, a artrose ocorre quando há um desequilíbrio entre os processos de degradação e reparo da cartilagem. Entre os fatores de risco, além das causas mecânicas, estão também causas genéticas, hormonais, ósseas e metabólicas.

Sem o tratamento adequado, a doença pode avançar e provocar deformidades, instabilidade e limitação dos movimentos, comprometendo assim a qualidade de vida do paciente.

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Musculação contra artrose

Uma das abordagens mais eficazes no controle do quadro é, sim, o fortalecimento muscular. E, nesse sentido, a musculação surge como uma importante aliada. “A prática de atividades físicas ajuda no fortalecimento dos músculos, proporcionando mais estabilidade. Melhora a função articular, preservando a mobilidade. Trabalha a coordenação e o equilíbrio, prevenindo quedas. E ajuda no controle do peso corporal, o que reduz a sobrecarga sobre as articulações”, explica o ortopedista Marcos Cortelazo, médico especialista em joelho e traumatologia esportiva. Ele é membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT)) e da Sociedade Latino-americana de Artroscopia, Joelho e Esporte (SLARD).

Além dos fatores mecânicos, existem evidências do Colégio Americano de Reumatologia e da Sociedade Internacional de Pesquisa em Osteoartrite que indicam que exercícios físicos são fundamentais. “Eles ajudam a melhorar a qualidade de vida desses indivíduos e levam à liberação de endorfinas, substâncias com ação analgésica. Assim, podem diminuir o consumo de analgésicos”, acrescenta o ortopedista e traumatologista Moisés Cohen. O médico é membro da mesa diretora do Hospital Israelita Albert Einstein e professor titular de ortopedia e medicina do esporte da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Outra vantagem da malhação é que ela aumenta a circulação sanguínea, melhorando assim a oxigenação e a nutrição das estruturas articulares. Segundo Cortelazo, isso estimula a produção do chamado líquido sinovial pela membrana sinovial, o tecido que reveste as articulações no seu interior. “Esse líquido nutre, hidrata e lubrifica a cartilagem, melhorando seu poder de amortecimento e sua mobilidade, levando a um menor desgaste articular e menos dor”, diz o ortopedista da SBOT.

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Cuidados na musculação

No entanto, apesar dos inúmeros benefícios do uso da musculação contra artrose, o início da prática exige precaução. O primeiro passo é consultar um médico. É esse profissional que vai avaliar o quadro clínico e poderá liberar a realização dos exercícios, além de acompanhar a evolução do paciente. A orientação de um profissional de educação física também é indispensável para garantir segurança e eficácia.

Quase todos os pacientes com artrose podem — e devem — se movimentar. O segredo está em escolher o tipo certo de exercício e o momento adequado para iniciá-lo. Para quem não tem o hábito de se exercitar, o ideal é começar com atividades leves, como caminhadas ou hidroginástica, e aumentar a intensidade gradualmente.

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Contraindicações

No entanto, é preciso atenção! “Existem algumas contraindicações, como as modalidades de alto impacto ou qualquer atividade durante uma crise de dor ou inchaço. Na dúvida, procure seu médico. É de fundamental importância ter um bom mapeamento do tipo de artrose que o paciente tem e estabelecer um cuidado individualizado”, alerta Cortelazo.

Além do exercício físico, o tratamento da osteoartrite deve ser multidisciplinar. O apoio de nutricionistas, fisioterapeutas e educadores físicos contribui para preservar a mobilidade, reduzir os sintomas e retardar o avanço da doença.

Fonte: Agência Einstein
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