Com a chegada do verão e das férias escolares, é comum que as famílias programem uma viagem à praia. Mas, se você tem bebê pequeno, precisa seguir algumas recomendações para que o passeio não se transforme em preocupação. Aqui, damos 5 dicas de cuidados com o bebê na praia.
Não há uma idade mínima para levar uma criança à praia, mas é importante tomar precauções para proteger a pele sensível dos pequenos. A recomendação é evitar levar bebês com menos de 6 meses. No entanto, caso a família decida passear mesmo assim, ela deve manter a criança fora da luz solar direta.
Outro ponto é que os bebês só devem ir à praia em horários de menor radiação solar, ou seja, antes das 10h e depois das 16h. Adultos e crianças maiores também devem tomar esse cuidado para evitar insolação. E a exposição da criança ao sol não deve durar mais do que 15 minutos.
1. Bebê pode usar filtro solar?
Primeiramente, não se deve usar protetor solar em crianças com menos de 6 meses. Nesses casos, então, os pequenos devem usar roupas específicas com fator de proteção aplicado no tecido (preferencialmente as de manga longa).
A principal dica de cuidados com o bebê na praia é procurar a sombra de quiosques ou árvores, pois protegem mais que a do guarda-sol. “Se necessário, uma quantidade mínima de protetor solar pode ser aplicada em pequenas áreas expostas do bebê, como o rosto e as mãos”, orienta o pediatra Thomaz Bittencourt Couto, professor médico da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein.
Os que já completaram o sexto mês de vida podem usar protetor, mas apenas aqueles com filtro físico. Também conhecido como protetor solar mineral, esse é um produto que contém ingredientes como dióxido de titânio e óxido de zinco em sua formulação, minerais capazes de refletir e dispersar os raios ultravioleta com menor risco de causar irritação na pele sensível da criança. “O protetor solar deve ser reaplicado a cada duas horas ou após nadar ou suar”, lembra o pediatra.
2. Alimentação: cuidado!
É extremamente importante garantir que o bebê esteja bem hidratado e tenha, inclusive, acesso a alimentos seguros na praia. Uma boa dica é levar de casa aquilo que ele esteja acostumado a comer. “Essa é uma boa prática para evitar riscos de contaminação. No caso de crianças um pouco mais velhas, se os pais optarem por consumir alimentos em quiosques, é essencial garantir que sejam preparados e armazenados de forma higiênica para evitar infecções alimentares”, adverte Couto.
A hidratação precisa ser constante. “É essencial oferecer líquidos regularmente. A amamentação deve ser mantida conforme necessário e, para bebês que já consomem outros alimentos, a oferta de água deve ser frequente”, avisa o pediatra. Vale tanto água mineral, de preferência engarrafada, quanto água de coco, por exemplo.
3. Areia: zona de perigo
A areia da praia pode esconder alguns riscos, especialmente para crianças pequenas.É ali onde ficam, por exemplo, larvas causadoras do bicho geográfico (larva migrans cutânea), oriundas das fezes de animais. “Após a exposição à areia, é essencial limpar bem a pele com água limpa”, frisa Couto.
Os responsáveis devem ficar atentos ainda à ingestão de areia pelos pequenos, pois essa também pode ser uma via de contaminação por parasitas. O ideal é que bebês brinquem supervisionados e sobre alguma superfície, como lençóis, cangas ou toalhas.
Insetos como abelhas e mosquitos também podem estar em meio aos grãos da praia. Daí porque, além de garantir que não haja restos de comida no entorno da criança, recomenda-se o uso de repelente. Segundo o pediatra do Einstein, permite-se o uso desses produtos em bebês a partir de 2 meses de idade, conforme recomendado pela Academia Americana de Pediatria (AAP).
A orientação, pois, é aplicar o repelente após o protetor para garantir a eficácia de ambos os produtos. Vale a pena ainda usar barreiras físicas, como mosquiteiros.
4. Atenção ao banho de mar
Outra dúvida recorrente é sobre se pode ou não entrar na água do mar com a criança. De acordo com Thomaz Couto, embora não exista recomendação formal sobre isso, a maioria dos pediatras sugere evitar nadar no mar antes dos 6 meses pelo risco de exposição a patógenos na água.
Recomenda-se uso de fraldas especiais para natação para evitar a contaminação e para proporcionar mais conforto ao bebê. Essas fraldas não incham na água e contêm eventuais fezes.
Entre 6 e 12 meses: Os pais podem entrar com a criança no mar, mas sempre com cautela, principalmente devido ao risco de hepatite A, já que a vacina só é dada após os 12 meses.
A partir de 1 ano: A criança pode tomar banho de mar, mas é importante supervisionar constantemente e garantir que a água esteja sem sujeira aparente. Busque informações sobre a qualidade da água nas praias da região onde você estiver. Estados como São Paulo, Santa Catarina e Rio de Janeiro divulgam boletins frequentemente.
5. O que levar na primeira fez do bebê na praia?
Outra dia de cuidados com o bebê na praia, para garantir a segurança da criança, é levar alguns itens para o passeio. Veja o que não pode faltar:
- Alimentos frescos e água mineral;
- Toalhas/cangas para o bebê sentar e outra para enxugá-lo;
- Fraldas de piscina para deixar a criança mais confortável;
- Chapéu com aba larga;
- Óculos de sol;
- Biquíni ou sunga de cor vibrante;
- Trocas de roupa (tanto com proteção UV como as de algodão);
- Protetor solar;
- Repelente;
- Brinquedos;
- Piscina inflável pequena.
Leia mais:
Cuidados no verão: como proteger a saúde em praias e piscinas
Verão: conheça oito doenças da estação e saiba como evitá-las
Câncer de pele no couro cabeludo: veja como se proteger
Fonte: Agência Einstein