02 - abril - 2025
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Câncer infantil: chega ao SUS remédio contra neuroblastoma

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A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) recomendou a incorporação de um novo remédio contra neuroblastoma de alto risco, o medicamento betadinutuximabe. Em outras palavras, isso significa que o Sistema Único de Saúde (SUS) vai custear e distribuir o remédio. A condição para o tratamento, porém, é que o paciente tenha sido previamente tratado com quimioterapia. E, ainda, alcançado pelo menos uma resposta parcial, seguida de terapêutica mieloablativa (o condicionamento mieloablativo inclui aqueles com combinações de quimioterapia e/ou radioterapia com maior intensidade, levando à destruição da medula óssea do paciente de forma irreversível) e transplante de células-tronco.

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso do medicamento em 2021. No entanto, sem aprovação da Conitec – o que ocorreu nesta quinta-feira (5) -, só a rede privada disponibilizava o tratamento. O laboratório farmacêutico Recordati, que comercializa o remédio com o nome Qarziba fez o pedido de incorporação do medicamento em janeiro deste ano.

Leia mais: Câncer infantil: é preciso melhorar taxa de cura no Brasil

O que é neuroblastoma?

O neuroblastoma é o terceiro tipo de câncer infantil mais recorrente, depois da leucemia e de tumores cerebrais. Além disso, é o tumor sólido extracraniano mais comum entre a população pediátrica, representando 8% a 10% de todos os tumores infantis. Há uma estimativa de que surjam 387 novos casos de neuroblastoma no Brasil por ano. E que, ao menos, metade estaria classificada como de alto risco (HRNB).

Novo remédio contra neuroblastoma

O novo remédio contra neuroblastoma custa cerca de R$ 2 milhões e tem indicação para casos de alto risco ou recidiva. Mais de mil pacientes de 18 países já usaram o medicamento. Segundo o fabricante, ele melhora a sobrevida, aumenta a probabilidade de cura e reduz o risco de a doença voltar.

Leia mais: Atendimento ao câncer infantil é mapeado para detectar gargalos

Luta das famílias

Em janeiro deste ano, uma campanha para o tratamento de Pedro, de 5 anos, alertou para a urgência da incorporação do betadinutuximabe ao SUS. O garoto é filho da antropóloga Beatriz Matos e do indigenista Bruno Pereira, assassinado em 2022. Logo depois de lançada, em apenas três dias, a campanha alcançou a meta. No entanto, a família de Pedro se uniu a outras famílias que também vivenciam a dificuldade de acesso aos remédios para o tratamento do neuroblastoma.

Na reunião da Conitec de quinta-feira (5) também foi aprovada a incorporação ao SUS de novos remédios para doença pulmonar obstrutiva crônica. Confira as demais deliberações da comissão aqui.

Leia mais: Câncer infantil: o depoimento de uma mãe que luta há um ano contra a doença
Fonte: Agência Brasil
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