01 - junho - 2025
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Dia Mundial sem Tabaco: cigarro mata quase 20 pessoas por hora no Brasil

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O cigarro mata quase 20 pessoas a cada hora no Brasil. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o tabagismo é responsável por 174 mil mortes por ano no país. Isso representa 477 mortes por dia (quase 20 a cada hora) que poderiam ser evitadas. Entre as principais causas estão a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), doenças cardíacas, câncer, Acidente Vascular Cerebral (AVC), diabetes tipo 2 e fumo passivo. Este, sozinho, responde por cerca de 20 mil mortes todos os anos.

Pois bem. Os números servem de alerta neste Dia Mundial sem Tabaco, comemorado em 31 de maio. E os dados preocupantes não param por aí. O estudo “A Conta que a Indústria do Tabaco Não Conta” mostra que o país gasta R$ 5 com doenças causadas pelo fumo para cada R$ 1 de lucro da indústria do tabaco. O levantamento foi divulgado na quarta-feira (28) pelo Inca e pelo Ministério da Saúde.

De acordo com o documento, cada R$ 156 mil de lucro de empresas de tabaco foi equivalente a uma morte por doenças cardíacas isquêmicas, AVC, DPOC ou câncer de pulmão atribuível ao tabagismo. O custo direto médio e o custo total médio (direto e indireto) equivalentes a uma morte foram estimados em R$ 361 mil e R$ 796 mil, respectivamente. 

Ao combinar essas duas equivalências, obtém-se que, para cada R$ 1 lucro obtido pela indústria do tabaco, o Brasil gasta duas, três vezes esse valor com custo direto do tratamento de doenças relacionadas ao tabaco e 5,1 vezes esse valor com o custo total (direto e indireto) dessas doenças. 

Ministério da Saúde

Custos com danos

Outro dado do Inca, não relacionado ao estudo, aponta que o Brasil gasta R$ 153,5 bilhões por ano com os danos provocados pelo tabagismo. Isso somando custos com tratamento médico e perdas econômicas por morte prematura, incapacidades e cuidados informais. O valor equivale a 1,55% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Dados do ministério mostram que a arrecadação de impostos federais com o setor alcançou R$ 8 bilhões em 2022. O valor cobre apenas 5,2% dos custos totais causados pelo tabagismo ao país. 

Desse total, R$ 67,2 bilhões são gastos diretamente com tratamento de doenças relacionadas ao tabaco, como câncer, doenças cardíacas, respiratórias e AVC. Já os custos indiretos — como perda de produtividade e afastamentos do trabalho — somam R$ 86,3 bilhões, destacou a pasta.

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Cigarros eletrônicos

Cigarros eletrônicos e aditivos: sabores e aromas que promovem e perpetuam a dependência de nicotina. Esse é o tema da campanha lançada na quarta-feira (28) pelo Ministério da Saúde e pelo Inca em alusão ao Dia Mundial sem Tabaco. 

Apesar de proibidos no Brasil desde 2009, os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), conhecidos como cigarros eletrônicos ou vapes, seguem atraindo adolescentes e jovens. 

A pesquisa Vigitel, inquérito telefônico realizado pelo Ministério da Saúde em todas as capitais brasileiras, revela que 2,1% da população adulta usou cigarros eletrônicos em 2023. A maior prevalência está entre jovens de 18 a 24 anos, que respondem por 6,1% dos entrevistados.

“O dia de hoje não é um dia menor. Não é um dia para a gente celebrar nada. Porque temos muita luta ainda. Muito trabalho para salvar vidas, para impedir que essa situação acometa tanto a saúde das pessoas, com tanto impacto nos sistemas nacionais de saúde”, destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Quando a gente compara o uso desses dispositivos aqui no Brasil e em países que liberaram a utilização e tentaram regulamentar de alguma forma, chega a ser quatro, cinco, seis vezes maior, proporcionalmente, a utilização. 

Alexandre Padilha, ministro da Saúde

Leia mais: Sete perguntas sobre o cigarro eletrônico

Tabaco e nicotina são altamente viciantes

“Mas é sempre um dia para dar muita visibilidade, para que a gente possa retomar energia, trocar experiências. Ver o que está acontecendo de certo no mundo”, disse, ao se referir ao uso de dispositivos eletrônicos como um novo desafio. 

A proposta da campanha é, portanto, informar o público sobre os malefícios dos produtos de tabaco e nicotina. Muitas vezes, eles apresentam características no intuito de se tornarem mais atrativos para crianças e adolescentes.

Outro objetivo é, pois, difundir informações sobre os danos que os cigarros eletrônicos causam à saúde, incluindo os prejuízos a pulmão, coração e outros órgãos. Até mesmo o cigarro eletrônico pode levar à morte.

A campanha ainda visa ampliar o conhecimento da população sobre os efeitos dos aditivos de sabor e aroma na iniciação ao tabagismo e no aumento da dependência, dificultando a cessação do vício. Além de alertar que o cigarro ainda mata muitas pessoas no Brasil.

“Os produtos de nicotina e de tabaco são altamente viciantes e prejudiciais. Cigarros eletrônicos e aditivos são formas de atrair mais as pessoas para o tabagismo. É necessário reforçar com a sociedade que produtos fumígenos, em todas as suas formas, fazem mal à saúde”, destacou o Inca, em nota. 

Benefícios ao se parar de fumar

De acordo com o instituto, parar de fumar sempre vale a pena, em qualquer momento da vida. Mesmo que o fumante já esteja com alguma doença causada pelo cigarro, como câncer, enfisema ou derrame.

Confira, a seguir, o que acontece com o organismo do fumante quando ele abandona o cigarro:

  • Após 20 minutos, a pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal;
  • Após duas horas, não há mais nicotina circulando no sangue;
  • Após oito horas, o nível de oxigênio no sangue se normaliza;
  • Após 12 a 24 horas, os pulmões já funcionam melhor;
  • Após dois dias, o olfato já percebe melhor os cheiros e o paladar já degusta melhor a comida;
  • Após três semanas, a respiração se torna mais fácil e a circulação melhora;
  • Após um ano, o risco de morte por infarto do miocárdio é reduzido à metade;
  • Após 10 anos, o risco de sofrer infarto é igual ao das pessoas que nunca fumaram.

Ajuda

No Brasil, 9,3% da população brasileira ou 19,6 milhões de pessoas se declararam fumantes. A prevalência é maior entre homens (11,7%) do que entre mulheres (7,2%), conforme dados da Pesquisa Vigitel 2023.

Então, quem deseja parar de fumar pode recorrer ao Sistema Único de Saúde (SUS), que oferece tratamento gratuito para o tabagismo. “O atendimento é realizado nas unidades básicas de saúde (UBS). E inclui acompanhamento profissional, orientação individual e em grupo, além da oferta de medicamentos”, destacou o ministério. 

Entre os recursos disponíveis, portanto, estão a terapia de reposição de nicotina, com adesivos transdérmicos e goma de mascar. O SUS disponibiliza, também, o cloridrato de bupropiona, medicamento que auxilia no processo de cessação do tabagismo.

Para iniciar o tratamento, basta procurar uma UBS ou entrar em contato com a secretaria de saúde do município ou Estado. O serviço é gratuito.

Consulte aqui a coordenação de controle do tabagismo da sua secretaria estadual ou municipal de saúde para obter informações sobre tratamentos na rede pública para parar de fumar. E lembre-se: o cigarro mata.

Fonte: Agência Brasil
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