05 - maio - 2024
InícioSua saúdeBem-estarSete perguntas sobre o cigarro eletrônico

Sete perguntas sobre o cigarro eletrônico

- Patrocinado -

O Papo no Consultório separou sete perguntas sobre o cigarro eletrônico para ajudar a esclarecer algumas dúvidas. O consumo de cigarro eletrônico vem aumentando no país. Pesquisa recente do instituto Ipec realizada neste ano mostra que 2,2 milhões de adultos (1,4%) consumiram cigarro eletrônico até 30 dias antes do levantamento. Há seis anos, o índice era de 0,3%.

Segundo a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) pelo menos um em cada cinco jovens de 18 a 24 anos usa cigarro eletrônico no Brasil. Os dados deste levantamento do Ministério da Saúde são de maio do ano passado.

Do mesmo modo, a última pesquisa Covitel, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), mostrou que os adultos jovens apresentaram as maiores prevalências de experimentação de cigarro eletrônico (19,7%) , no ano passado.

Produto não é inofensivo

O comportamento é considerado modismo no Brasil e segue o observado em outros países, como Estados Unidos e Reino Unido, onde é permitida a comercialização. Popularmente chamados de “vapes”, os vaporizadores ou produtos de tabaco aquecido não são produtos inofensivos ao organismo humano.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), estudos mostram que os níveis de toxicidade podem ser tão prejudiciais quanto os do cigarro tradicional. Isso porque combinam substâncias tóxicas com outras que muitas vezes apenas mascaram os efeitos danosos. Dentre essas substâncias tóxicas, estão presentes metais pesados, como chumbo, ferro e níquel, de acordo com o Ministério da Saúde.


Ouça o podcast:
O cigarro reduz em mais de seis anos a expectativa de vida dos fumantes e em mais de dois anos a expectativa de vida de ex-fumantes.


A Sociedade Brasileira de Tisiologia e Pneumologia (SBPT) divulgou um comunicado em que se posiciona contrária à utilização do cigarro eletrônico. Estudos mostram que o uso dos produtos está diretamente ligado ao surgimento de várias doenças respiratórias, gastrointestinais e orais. Além de causar dependência e estimular o uso dos cigarros convencionais.

“Os dispositivos eletrônicos para fumar são uma ameaça à saúde pública, porque representam uma combinação de riscos: os já conhecidos efeitos danosos à saúde e o aumento progressivo do seu uso no país. Em especial, esses dispositivos atraem pessoas que nunca fumaram, persuadidas pelos aromas agradáveis, sabores variados, ‘inovação tecnológica’ e estigmas de liberdade”, afirma a SBPT, em nota.


Leia mais:
Cigarros eletrônicos: o que sabemos?

 

Sete perguntas sobre o cigarro eletrônico

1. O que são os cigarros eletrônicos?

Os populares vapes, e-cigarros ou pen drives, os Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs) são dispositivos alimentados por bateria. Eles exalam um aerossol contendo nicotina, entre outras substâncias tóxicas.

2. Como funciona o cigarro eletrônico?

O “e-cigarro” possui, normalmente, por uma lâmpada de LED, bateria, microprocessador, sensor, atomizador e cartucho de nicotina líquida. Esta última é aquecida por uma pequena resistência, fazendo com que se torne vapor. 

3. Cigarros eletrônicos são perigosos?

O cigarro eletrônico possui quantidades variáveis de nicotina e outras substâncias tóxicas. Isso torna suas emissões prejudiciais tanto para quem faz o uso quanto para quem se expõe aos aerossóis. Mesmo alguns produtos que alegam não conter nicotina podem, na verdade, apresentar essa substância em sua composição, e suas emissões são nocivas.

  • Eles contêm nicotina, droga que leva à dependência.
  • Contêm ainda mais de 80 substâncias químicas, incluindo cancerígenos comprovados.
  • O uso da nicotina aumenta o risco de trombose, AVC, hipertensão e infarto do miocárdio, entre outros.
  • Estudos também mostram que o cigarro eletrônico aumenta em cerca de três vezes as chances do usuário fumar também cigarros comuns.

4. Os cigarros eletrônicos causam lesões pulmonares?

Recentemente, vapes foram associados a um surto de lesões pulmonares nos Estados Unidos. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) descreve isso como lesão pulmonar associada a cigarro eletrônico ou vaping (EVALI).

Embora não se tenha uma conclusão definitiva, acredita-se que o acetato de vitamina E (VEA), um aditivo comum no cigarro eletrônico que contém cannabis (ou THC), tenha desempenhado um papel significativo nesses casos de lesão pulmonar.

Outras informações sobre este incidente, incluindo uma forte ligação do surto de EVALI ao acetato de vitamina E no último relatório, estão disponíveis neste link atualizado semanalmente.

5. O cigarro eletrônico é menos perigoso do que o de tabaco?

Tanto o cigarro eletrônico como o convencional de tabaco apresenta riscos para a saúde. Por isso não se deve usar nenhum deles. Os níveis de risco devido à utilização de vapes ou produtos do tabaco podem variar de acordo com uma série de fatores. Isso inclui o tipo e as características do produto, como os produtos são usados, a frequência de uso, como são fabricados, quem está usando o produto e se as características do produto são manipuladas no pós-venda.

A toxicidade não é o único fator considerado ao avaliar o risco da exposição às emissões desses produtos. Outros fatores a considerar incluem a potencial manipulação do produto, como o uso simultâneo com outros produtos de tabaco (uso duplo ou poli) e o fato de que o uso de cigarro eletrônico pode levar crianças e adolescentes a usarem outros produtos de tabaco. Além disso, é importante destacar que nem todos os vapes são iguais e que os riscos para a saúde podem diferir de um produto para outro e de usuário para usuário.

6. O cigarro eletrônico causa dependência?

A nicotina causa dependência, portanto, uma pessoa que não fuma e começa a usar cigarro eletrônico pode se tornar dependente de nicotina. E, assim, ter dificuldades para cessar o uso, ou ainda, tornar-se dependente de produtos convencionais de tabaco.

7. As emissões do cigarro eletrônico são perigosas?

Os aerossóis gerados pelos vapes normalmente aumentam a concentração de material particulado em ambientes internos. Esses aerossóis contêm nicotina e outras substâncias tóxicas, representando assim riscos potenciais tanto para quem vaporiza quanto para quem está exposto ao fumo passivo.

Fontes: Associação Médica Brasileira (AMB), Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e Agência Brasil
- Patrocinado -
Leia também...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

- Advertisment -
Carla Chein
Carla Chein
Carla Chein é jornalista com pós-graduação em jornalismo científico. Tem experiência em jornal impresso e como professora no curso de jornalismo.

MAIS POPULARES