31 - março - 2025
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Entenda por que dentifrício da Colgate foi suspenso pela Anvisa

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a venda de todos os lotes do dentifrício Colgate Total Clean Mint, lançado no país em julho de 2024 com nova formulação e que substitui a linha Total 12 da marca. Segundo a agência, a medida é preventiva e temporária, com o intuito de proteger a saúde da população. Publicada na quinta-feira (27), a resolução vale por 90 dias.

Não existe determinação de recolhimento, no momento. No entanto, o produto deve ficar separado e não deve ser exposto ao consumo ou uso. Durante esses 90 dias, a agência investigará as causas das reações adversas notificadas. Uma das possibilidades é que a inclusão da substância fluoreto de estanho na fórmula possa ser a causadora das reações.

“A interdição cautelar é uma medida preventiva e temporária para proteger a saúde da população e permanece vigente enquanto a Anvisa realiza testes, provas, análises ou outras providências requeridas para a investigação e conclusão do caso. Portanto, o produto não deve ser consumido ou comercializado até que seja comprovada a sua segurança”, explica a agência em comunicado. 

Reações

  • Lesões bucais
  • Sensações dolorosas
  • Sensação de queimação/ardência
  • Inflamação gengival
  • Edema labial

“Estes sintomas têm impactado significativamente a qualidade de vida dos consumidores, resultando, em alguns casos, em custos médicos, afastamento do trabalho, dificuldades para se alimentar e se comunicar, e sofrimento emocional”, informa a Anvisa.

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O que fazer se tiver dentifrício da Colgate em casa

Caso o consumidor tenha o dentifrício com a embalagem secundária (cartucho de cartolina), deve procurar no rótulo o número do processo, na Anvisa, que é 25351.159395/2024-82. Caso tenha somente a bisnaga, deve verificar se na composição há “fluoreto estanhoso”.

O que fazer diante de reações ao dentifrício da Colgate

De acordo com a agência, consumidores que sofreram eventos indesejados relacionados ao uso do produto devem comunicar imediatamente a Anvisa por meio dos canais de notificação Limesurvey e e-Notivisa. Profissionais de saúde, de vigilância sanitária e empresas devem fazer a notificação no Notivisa.

A Agência Brasil procurou a Colgate para esclarecimentos, mas não teve sucesso no contato. De acordo com o site G1, a Colgate afirmou que o dentifrício não oferece riscos à saúde, mas alguns consumidores podem ser mais sensíveis a ingredientes como fluoreto de estanho, corantes ou sabores presentes no produto.

Procon

O Procon-SP notificou a Colgate para esclarecer sobre as providências que a empresa está adotando em função da suspensão. O órgão de defesa do consumidor questiona a multinacional sobre como o consumidor pode identificar os produtos interditados, quais os lotes envolvidos e quais as orientações prévias.

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Reações

De acordo com nota do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (Crosp), a Anvisa aprova todos os ingredientes em dentifrícios (pasta, creme ou géis dentais) para a escovação dos dentes como seguros à saúde geral dos consumidores, e reações são raras. Pesquisas da área atribuem essa sensibilidade aos agentes flavorizantes usados (essências de óleos) e ao detergente aniônico laurilsulfato de sódio.

“Tem havido relato de pessoas que tiveram reações bucais de sensibilidade a dentifrícios. Algumas marcas modificaram suas fórmulas e retiraram o fluoreto de sódio (NaF) e substituíram por fluoreto estanhoso (SnF2). Porém, as reações adversas bucais relatadas não podem ser atribuídas ao íon flúor (fluoreto) porque este é comum nas duas formulações”, explica o cirurgião-dentista Jaime Aparecido Cury, da Unicamp.

O uso do estanho na formulação tem o objetivo de melhorar a prevenção de doenças da gengiva, por conta de sua eficácia antibacteriana. Reações como as desse caso em geral param logo após a interrupção do uso do produto, o que o conselho recomenda caso haja reações.

Fonte: Agência Brasil
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