“Ter paralisia cerebral é apenas um detalhe”
“Sempre digo que ter paralisia cerebral é apenas um detalhe para mim. O principal motivo desse meu sentimento é que, desde criança, nunca fui discriminada ou deixada de lado pela minha família. Sou tratada “igual”.
Não ando, não tenho uma boa movimentação com as mãos, falo mal, sou totalmente dependente das atividades de vida diária. Apesar disso, convivo bem com a deficiência, pois ela nunca foi motivo de tristeza na minha vida.
Sem impedimentos
As minhas limitações não me impediram de participar de todas as atividades. Minha família sempre acreditou na minha capacidade e incentivou tudo que eu quis fazer. Nunca ouvi: “Você não pode”.
Uso os pés para mexer no computador, desenhar e tudo mais! As limitações não me impedem de fazer nada que eu queira. Sou formada em design gráfico pela Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG), trabalho e tenho uma boa vida social.
Claro que, como deficiente, sofro muita discriminação e “pré-conceito”. Ao olharem para mim, duvidam da minha capacidade e do meu entendimento. Isso me deixa chateada. Mas não me deixo abater. Sei que as pessoas têm dificuldades em lidar com situações que não conseguem entender.”
Agenda
O livro “Pensamentos para o Vento” é fruto de sua monografia de fim do curso da Priscila na UEMG e está sendo lançado em comemoração ao mês das mulheres e pelo aniversário da autora, no dia 18 deste mês.
O primeiro livro “Poemas dedicados aos amigos”, publicado em 2005, é frutos de vivências e do cotidiano de Priscila. Na época, ela havia se mudado para Belo Horizonte. Priscila é natural de Brasília e deixado muitos amigos lá.