03 - dezembro - 2024
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Você tem dúvida sobre exame feito por imagem?

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Se for bem-indicado, custo-benefício é favorável a paciente

Todo exame de imagem precisa ser bem-indicado para que o custo-benefício seja favorável ao paciente. “Não se pode fazer exame sem uma boa indicação. Se você faz uma mamografia e daí a três, quatro meses aparece um nódulo, não tem que repetir. Isso serve até mesmo para os exames que não têm radiação”, defende o médico radiologista Antonio Carlos Matteoni de Athayde, presidente do CBR – Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem.

A ideia que, geralmente, os leigos têm é que cada exame é indicado para determinada estrutura – por exemplo, o raio X para ossos e a ultrassonografia para órgãos do abdômen. Athayde explica que não é bem assim. O exame a ser pedido depende não apenas da estrutura, mas também do tipo de lesão a ser investigado.

Exemplos

“O raio X de tórax é muito bom para mostrar o pulmão, coluna e estruturas ósseas. Mas existem patologias nesse órgão que não aparecem no exame”, exemplifica o médico radiologista. Outro exemplo citado é uma fratura muito pequena no punho. “Às vezes, ela não é percebida no raio X, mas pode ser identificada na tomografia”, compara.

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Já um tumor no fígado pode ser visto na tomografia computadorizada ou na ressonância magnética. “Se o nódulo for menor de 2 cm, o ideal é fazer a ressonância. Acima de 2 cm, qualquer um dos dois exames é eficiente”, explica o presidente do CBR. “Só que a tomografia é mais barata”, complementa.

Contraste

Quanto ao contraste iodado, ele pode ser solicitado para a tomografia, a ressonância magnética e até mesmo o raio X. Essa decisão, diz Athayde, também vai depender da estrutura e tipo de lesão a serem investigados.

A tomografia com o contraste é contraindicada nos casos de insuficiência renal ou alergia ao iodo. Mas essa contraindicação deve ser bem-avaliada. Se for extremamente necessário, nesses casos, o exame pode ser feito, mas em ambiente hospitalar. “No caso de insuficiência renal, o paciente deve ser hidratado antes e depois do exame. Se tiver alergia, deve ser feita uma dessensibilização prévia. O importante é a gente saber antes. O que não pode ocorrer é a gente ser surpreendido no momento do exame”, explica o médico radiologista.

Principais exames

Raio X

Atravessa a área avaliada do corpo através de feixes de raio X e impregna o filme ou, no caso do raio X digital, o cassete de fósforo, que transmite a imagem para o computador. Tem radiação.
Detecta melhor:
Doenças do pulmão, alterações e fraturas no sistema esquelético e obstrução intestinal.

Ultrassonografia ou ultrassom

Usa ondas sonoras com frequências acima das audíveis pelo ouvido humano, chamadas de ultrassom. Não tem radiação e fornece imagens em tempo real, no computador.
Detecta melhor:
Lesões pélvicas e abdominais e doenças da tireoide.

Mamografia

Usa técnicas de baixa tensão para garantir que as interações fotoelétricas produzam o contraste anatômico desejado. Tem radiação.
Detecta melhor:
Nódulos, tumores, calcificações e distorções da mama.

Tomografia computadorizada

Usa os raios X com auxílio de um computador para visualizar cortes transversais de estruturas do corpo, em planos diferentes. Pode ou não ser utilizada com contraste iodado.
Detecta melhor:
Tromboembolismo pulmonar, bronquiolite, edemas, câncer de pulmão, apendicite aguda, pancreatite aguda, ruptura de aneurisma da aorta, obstrução intestinal, pneumonia, cálculo renal e doenças de crânio.

Ressonância magnética

Usa um campo eletromagnético na formação da imagem que compreende num sistema de magnetos (ímãs), bobinas (antenas emissoras e receptoras de radiofrequência) e um conjunto de computadores. Não tem radiação. Pode usar contraste iodado.
Detecta melhor:
Doenças cardiovasculares e arcabouço ósseo-torácico.

Fontes: Departamento de Comunicação do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem e presidente do CBR, médico radiologista Antonio Carlos Matteoni de Athayde
Mito ou verdade

É preciso usar protetor de tireoide na mamografia ou radiografia dentária.

Falso. A exposição à radiação nesses casos é menor do que a chamada radiação de fundo, que o universo joga sobre nós ou que é emitida pelo telefone celular, por exemplo. O protetor é indicado, por exemplo, nos casos de radioterapia.

Ultrassom da mama é melhor do que a mamografia.

Falso. A mamografia detecta nódulos muito pequenos. A ultrassonografia, não.

Grávida não pode fazer exame de raio X.

Falso. Pode fazer o exame depois que o bebê estiver formado.

Fonte: Médico radiologista Antonio Carlos Matteoni de Athayde, presidente do CBR – Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem
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    • Boa noite, Rosania. Tudo bem? Você conversou sobre isso com o médico que solicitou os exames? É importante esclarecer as dúvidas antes de marcar os exames. Uma alternativa é procurar qual é a orientação na unidade em que pretende fazer os exames.
      Abraço,
      Carla

  1. Bom dia tenho um caroço na cabeça e fiz uma tc de crânio mais não apareceu nada de a anormal já tem uns 5 meses tenho dor no local e uma leve pressão e ninfonodulos no pescoço e as vezes dores de cabeça muito forte o que pode ser? Grato…

    • André,
      Bom dia!
      Diante de alterações no corpo e dores, é preciso consultar um médico para avaliar o seu caso específico. Se não tiver um diagnóstico e as dores persistirem, mude de médico ou de especialidade médica. Não deixe de investigar.
      Abraço,
      Carla

  2. Tenho uma massa qse em cima do estômago do lado direito do abdômen , visível e sentido ao toque mas não apareceu em nenhum exame tc, ressonância, estou desesperada

    • Eliane,
      Imagino o seu desespero. Você já conseguiu ter um diagnóstico médico? Procure se acalmar e tenha uma conversa franca com seu médico. Busque saber do que se trata, quais as complicações, quais alternativas de tratamento, possibilidades de cura, recuperação. Mas com o seu médico. Porque cada caso é particular. Espero boas notícias.
      Um abraço,
      Carla

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Carla Chein
Carla Chein
Carla Chein é jornalista com pós-graduação em jornalismo científico. Tem experiência em jornal impresso e como professora no curso de jornalismo. E-mail: carla.chein@paponoconsultorio.com.br

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