28 - abril - 2024
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Incontinência urinária pode ser prevenida e tratada

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Perder urina não é ritual do envelhecer

Médico alerta que a incontinência urinária tem prevenção e tratamento
incontinência urinária
Crédito: Freepik

Você, com certeza, lembra-se daquela tia mais velha que saía correndo para o banheiro durante uma crise de riso. A perda de urina é vista, culturalmente, como uma coisa normal da idade. Mas não deveria. A incontinência urinária pode ser prevenida e deve ser tratada. “Perder urina não é normal”, afirma o médico uroginecologista Luiz Gustavo Oliveira Brito, professor da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

O médico citou uma pesquisa feita em Campinas com mulheres mais velhas. Metade das entrevistadas, conta, relatou que nunca falava sobre as queixas urinárias com o médico. A explicação? Na cabeça delas, a perda de urina seria um ritual do envelhecimento. “Numa época passada, quando não havia possibilidade de tratamento, isso era compreensível. Mas não nos dias de hoje”, alerta Brito. É preciso perder a vergonha e buscar orientações sobre o problema com o médico.

“Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, 10 milhões de brasileiros sofrem com incontinência urinária.”

O que é

A incontinência urinária é qualquer perda de urina, relacionada ou não ao esforço, que causa um prejuízo na qualidade de vida da mulher ou do homem. Esse prejuízo pode ser social – deixar de sair de casa, por exemplo – ou higiênico – mau odor. “Preocupa quando a perda de urina é frequente, com prejuízo nas atividades habituais, ou quando essa perda pode gerar outras doenças”, explica o médico.

Existem diferentes tipos de incontinência urinária. Um dos mais comuns é a de esforço, quando a pessoa perde urina ao rir, tossir, espirrar, exercitar-se, subir escadas, levantar peso ou exercer alguma outra forma de pressão sobre o assoalho pélvico. Os principais fatores de risco para esse tipo de incontinência são a menopausa, a obesidade, a tosse crônica, o diabetes, o número de gestações, os partos vaginais, as cirurgias pélvicas e a prisão de ventre.

Diagnóstico e tratamento

De maneira geral, a incontinência urinária não representa perigo de vida, e os sintomas são locais. “Mas pode ser a primeira manifestação de uma doença neurológica, por exemplo”, diz o médico. O diagnóstico, explica, é feito através do exame físico e da urodinâmica, que pode ser solicitada em situações especiais ou quando há dúvidas sobre o caso.

“É uma doença que deve ser tratada com atendimento multidisciplinar (médico, fisioterapeuta, psicólogo, nutricionista, enfermagem)”, diz o médico. “Temos as opções clínicas, cirúrgicas, fisioterápicas, a depender do tipo de incontinência que a pessoa tem”, complementa. Segundo ele, a doença tem cura, mas isso vai depender do caso e do tipo de tratamento já feito.

Causas mais comuns
  • Idade avançada
  • Baixos níveis de estrogênio
  • Asma
  • Tabagismo
  • Constipação
  • Paridade (número de partos que a mulher já teve)
Dicas de prevenção
  • Emagrecimento
    Para 5% a 10% das mulheres com obesidade, emagrecer reduz em pelo menos metade o número de episódios de perda de urina.
  • Exercícios para reforçar a musculatura pélvica
    Previnem a incontinência urinária tanto na grávida quanto na não grávida, e elas podem começar a fazer os exercícios quando quiserem. Eles podem ser adicionados a qualquer momento em que a mulher se dedica a uma atividade física. O fisioterapeuta é o profissional com maior experiência na orientação desses exercícios perineais.
  • Mudança de hábitos
    Evitar cigarros e diminuir a ingestão de álcool e bebidas gasosas pode contribuir para a prevenção de episódios de perda de urina.
Fonte: Médico uroginecologista Luiz Gustavo Oliveira Brito. Professor do Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e integrante voluntário do Comitê Científico da Associação Brasileira pela Continência B.C Stuart.
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Carla Chein
Carla Chein
Carla Chein é jornalista com pós-graduação em jornalismo científico. Tem experiência em jornal impresso e como professora no curso de jornalismo.

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