08 - maio - 2024
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Conheça o ‘chip da beleza’, condenado por entidades médicas

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O “alarmante e crescente” uso de implantes hormonais, o “chip da beleza”, frequentemente contendo esteróides anabolizantes, é motivo de preocupação de especialistas em endocrinologia, obesidade e ginecologia. O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, já recebeu de sete entidades médicas pedido de providências quanto ao uso indiscriminado desses implantes no Brasil.

Esses implantes são prescritos como estratégia para emagrecimento, tratamento da menopausa, antienvelhecimento e redução da gordura corporal, além de aumento da libido e da massa muscular. Segundo as entidades, no entanto, eles podem conter inúmeras substâncias, embora, normalmente, tenham em sua composição testosterona ou gestrinona, um progestágeno com efeito androgênico. Também há combinações contendo estradiol, oxandrolona, metformina, ocitocina, outros hormônios e NADH.

Dose não é segura

Os implantes hormonais não são aprovados pela Anvisa para uso comercial e produção industrial, por isso são manipulados. Eles não possuem, pois, bula nem informações adequadas de farmacocinética, eficácia ou segurança. A exceção é o implante de etonogestrel, o Implanon, que tem aprovação como anticoncepcional.

Os médicos alertam, pois, que não existe dose segura para o uso de hormônios para fins estéticos ou de performance. E, ainda, que os efeitos colaterais dos dispositivos podem ser imprevisíveis e graves, com os riscos ultrapassando qualquer possível benefício.

“Casos de infarto agudo do miocárdio, de tromboembolismo e de acidente vascular cerebral vêm se tornando frequentes. Assim como complicações cutâneas, hepáticas, renais, musculares e infecções estão associadas ao uso dos implantes. Manifestações psicológicas e psiquiátricas, como ansiedade, agressividade, dependência, abstinência e depressão são cada vez mais comuns”, denunciam as entidades.

Necessidade de regulamentação

As entidades pedem, portanto, que a Anvisa aprimore o controle do uso de esteroides anabolizantes. Também solicitam que a agência regulamente a manipulação de medicamentos somente pela via de administração na qual o medicamento possui o registro. “Uma via diferente necessita de dados científicos publicados de eficácia, segurança e desfechos a longo prazo”.

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As entidades que assinam o pedido sobre o “chip da beleza” são:

  • Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso)
  • Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM)
  • Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo)
  • Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE)
  • Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD)
  • Sociedade Brasileira de Urologia (SBU)
  • Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).

A Anvisa não havia se manifestado sobre o pedido dessas entidades até a publicação desta matéria.

Fonte: Agência Brasil
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