02 - maio - 2024
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Novo exame para diagnóstico do Alzheimer chega ao país

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Neste Dia Mundial do Alzheimer, celebrado em 21 de setembro, uma boa notícia para os brasileiros: chega ao país um novo exame de sangue para o diagnóstico do Alzheimer. O teste PrecivityAD2 detecta em 88% dos casos a presença de proteínas que indicam a formação de placas amiloides cerebrais, uma das principais características da doença de Alzheimer, que atinge 1,2 milhões de pessoas o Brasil – a maioria sem diagnóstico. O exame é pago, indicado para pessoas que já apresentam sinais e sintomas de declínio cognitivo e não é destinado para triagem.

“Não é uma ferramenta de prevenção. Isso é importante ressaltar. Não está indicado para triagem. Não é esse o papel dele”, explica Maria Carolina Tostes Pintão, head médica de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Fleury. “É destinado para aquela pessoas que começam a ter um quadro sugestivo de declínio cognitivo, que pode ocorrer devido a um grande leque de possibilidades de demência”, diz.

A prevenção, conforme ela alerta, ainda passa pela adoção de bons hábitos de vida: atividade física, alimentação saudável e controle de peso. “Isso já está muito bem provado (nos estudos), que bons hábitos de vida previnem ou adiam a demência”, reforça.

Além de ajudar no diagnóstico, o teste exclui a possibilidade da doença – principal causa de demência no mundo. “Isso também é extremamente importante. É que muitas outras causas de comprometimento cognitivo – como depressão e problemas metabólicos, entre outros – podem ser mascarados como Alzheimer, e seus tratamentos são diferentes”, reforça Maria Carolina. Estima-se que 35,6 milhões de pessoas em todo o mundo foram diagnosticadas com a doença de Alzheimer.

Onde encontrar o exame

O novo teste é disponibilizado no Brasil pela marca Fleury Medicina e Saúde em parceria com a C2N Diagnostics, empresa de saúde de diagnóstico molecular, e custa R$ 3.600. Ele é feito com pedido do médico, e o resultado é liberado em cerca de 20 dias.

As outras marcas do Grupo Fleury devem passar a oferecer o exame nos próximos dias, visto que a oferta ocorrerá de forma gradativa em todas as marcas do Grupo Fleury, localizadas no Maranhão, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal, bem como pelo Atendimento Móvel de São Paulo.

Em Minas, o laboratório do grupo é o Hermes Pardini, que já oferece o PET-CT – um exame que produz imagens do corpo em alta qualidade por meio da combinação de duas tecnologias: a tomografia por emissão de pósitrons (PET, sigla do inglês para positron emission tomography) e a tomografia computadorizada (CT, sigla do inglês para computed tomography). Utilizando substâncias que liberam radiação – e consequentemente facilitam a observação de tecidos e órgãos, o procedimento permite que o equipamento faça o exame com mais precisão.

Diagnóstico do Alzheimer

O teste é feito a partir de uma amostra de sangue que é analisada por espectrometria de massa (EM) de alta resolução e pela dosagem das proteínas que provocam alterações cerebrais relacionadas à doença de Alzheimer – proteína amiloide beta e peptídeo (fragmento de uma proteína) TAO. “Quando há o risco de Alzheimer, elas circulam no sangue em proporções diferentes”, diz Maria Carolina.

É feita a coleta simples de sangue para exame, como a coleta para o hemograma. “A particularidade é que, depois que se faz a coleta, tem um prazo para centrifugar e separar o plasma da parte das células. Esse material é congelado e estabilizado para ser analisado”, explica Maria Carolina. As amostras são preparadas na Central Técnica do Fleury e encaminhadas para avaliação nos Estados Unidos.

A doença de Alzheimer é definida pela presença de placas amiloides – um tipo de proteína que vai se depositando no tecido cerebral. “O novo exame calcula a razão, a quantidade dessas proteínas no sangue e correlaciona com a presença das placas no cérebro. Se o resultado for negativo, você não tem depósito de placa amiloide, aí precisa investigar outras doenças. Quando o resultado é positivo, caracteriza o Alzheimer”, conta Maria Carolina.

Os resultados do teste são comparáveis às imagens PET-amiloide cerebral. No entanto, o teste PrecivityAD2™ é muito menos complicado do que o PET-amiloide cerebral e outros testes invasivos, como a análise do líquido cefalorraquidiano. “Ele (o resultado do novo exame de sangue) é tão próximo do PET que talvez até possa substituir o exame de imagem. Em vez de aplicar o radiofármaco e fazer o exame de imagem, apenas coleta sangue”, diz a head médica.

Segundo a head médica Maria Carolina, a diferença do novo teste para os outros exames de sangue disponíveis no país é que o biomarcador do mais recente foi validado para o diagnóstico do Alzheimer. “Ele tem validação clínica em diferentes grupos de população, adicionou mais marcadores (da doença) e tem acurácia (precisão) para o diagnóstico”, explica. Os outros testes ainda cumprem o papel de ajudar a avaliar o risco para a doença de Alzheimer.

Leia mais:
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Alzheimer: desafios e expectativas

Hoje em dia, com os avanços médicos e o diagnóstico precoce, é possível realizar intervenções clínicas que podem retardar a progressão da doença de Alzheimer. Embora atualmente não haja cura para a doença, é altamente recomendável consultar fonoaudiólogos, fisioterapeutas, nutricionistas e outros profissionais, além de manter uma alimentação saudável, praticar atividades físicas e praticar exercícios regularmente.

A C₂N Diagnostics lançou o exame de sangue PrecivityAD™ original em 2020 e o exame de sangue PrecivityAD2™ em agosto de 2023 nos EUA. Esses testes estão disponíveis em 49 Estados dos EUA e em Porto Rico. O teste destina-se ao uso em paciente que já apresentam problemas de memória e pensamento.

Em BH

Em Belo Horizonte, o Grupo Dasa, dos laboratórios Lustosa e São Marcos, oferece um exame de sangue que avalia o risco de Alzheimer e pode servir de ajuda para o médico diagnosticar a doença. O biomarcador de Alzheimer tem eficácia de 71% e custa R$ 1.000. Ele também exige pedido médico e não deve ser realizado em pacientes assintomáticos ou utilizado como triagem. O teste é indicado na avaliação de risco para o Alzheimer, em pacientes adultos, com comprometimento cognitivo leve ou demência. O resultado sai em 32 dias.

“Utilizamos a tecnologia ‘espectrometria de massas’, que busca um dos principais biomarcadores da doença: as alterações da proteína beta-amiloide, presente no cérebro de pacientes com a enfermidade”, explica o patologista clínico Márcio Nunes da Silva, coordenador médico do São Marcos.

Ele destaca que o exame é indicado na avaliação de risco para a doença de Alzheimer em pacientes adultos com comprometimento cognitivo leve ou com demência e também no monitoramento das alterações da beta-amiloide, ajudando a avaliar o potencial de risco de progressão da doença. “O exame, entretanto, não deve ser realizado em pacientes assintomáticos ou utilizado como forma de triagem”, esclarece.

Testes genéticos

A doença ainda pode ser investigada por meio de exames genéticos e genômicos. “Oferecemos no Lustosa e no São Marcos o painel para Alzheimer precoce, em que são investigados, por sequenciamento, genes associados ao surgimento do Alzheimer antes dos 65 anos. Está também disponível a pesquisa de variantes no gene APOE, que é responsável pela produção da apolipoproteína E, proteína importante para manter a homeostase lipídica no cérebro e em órgãos periféricos, já associada como uma possível preditora de risco para Alzheimer”, explica Fernanda Soardi, PhD em genética e genômica, da Dasa.

Segundo ela, outra opção é o Exoma, exame que investiga a região codificante dos mais de 20.000 genes que formam um indivíduo e que pode apresentar resultados informativos em relação a genes associados ao Alzheimer.

Fernanda Soardi destaca a importância dessas tecnologias, realizadas através de métodos mais simples e não invasivos. “Da amostra de sangue, por exemplo, é extraído o DNA, que é a base para a realização dos exames genéticos e genômicos. Eles permitem identificar variantes em genes previamente associados com a predisposição ou risco para a condição clínica”, complementa.

Serviço

Confira alguns exames já disponíveis no São Marcos e no Lustosa, em Belo Horizonte, e que ajudam a identificar a doença de Alzheimer:

Biomarcador de Alzheimer

Tipo: exame de sangue

Onde é feito: São Marcos – Saúde e Medicina Diagnóstica e Laboratório Lustosa

Preço: R$ 1.000

Precisa de pedido médico: sim

Resultado: sai em 32 dias úteis

Indicação: indicado na avaliação de risco para a doença de Alzheimer (DA), em pacientes adultos, com comprometimento cognitivo leve ou demência.

Precisão do resultado: o diagnóstico do Alzheimer é baseado em vários parâmetros. Os resultados desse exame devem ser considerados no contexto do manejo do paciente, que avalia sintomas, histórico e outros fatores. Nas condições do ponto de avaliação do teste, ele tem uma sensibilidade de 71% e especificidade de 89% para a detecção do PET-positivo, o que é sugestivo de DA. O PET- Scan (Tomografia por Emissão de Pósitrons) é um exame de imagem e também utilizado na avaliação de pacientes com risco de Alzheimer. Apesar de a doença ainda não ter cura, o diagnóstico precoce permite que o tratamento seja iniciado rapidamente, reduzindo-se os seus efeitos e proporcionando uma melhor qualidade de vida aos pacientes

Exames genéticos

Tipo: painéis multigênicos

Onde é feito: São Marcos – Saúde e Medicina Diagnóstica e Laboratório Lustosa

Preço: por volta de R$ 3.260

Precisa de pedido médico: sim

Resultado: sai em cerca de 35 dias úteis

Indicação: indicado para a investigação do Alzheimer de início precoce, quando os primeiros sintomas começam a aparecer antes dos 60 anos, e também para averiguar a predisposição à doença, quando a família tem histórico recorrente de casos de Alzheimer.

Precisão do resultado: em exames genéticos é difícil estabelecer um percentual de acerto. Pode-se identificar os genes com alterações.

Fonte: São Marcos - Saúde e Medicina Diagnóstica e Laboratório Lustosa

Matéria em atualização

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Carla Chein
Carla Chein
Carla Chein é jornalista com pós-graduação em jornalismo científico. Tem experiência em jornal impresso e como professora no curso de jornalismo.

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