26 - abril - 2024
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Os riscos do abuso de analgésicos e antitérmicos

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Uso indiscriminado pode causar graves problemas de saúde

Os analgésicos e antitérmicos constituem importante causa de hospitalização (2% a 9%), prolongamento das internações e aumento de gastos com a saúde. O alerta é feito pelo diretor da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar) e do Sindicato dos Farmacêuticos de Minas Gerais (Sindifarmig), farmacêutico Rilke Novato Públio. “Além de serem responsáveis também por um alto número de intoxicações”, complementa. A grande maioria dos efeitos colaterais, explica Públio, ocorre por doses consumidas em excesso. “Aquela prática de ‘a dor ou febre não quer cessar, vou tomar outro comprimido’ ainda é muito comum nos nossos dias”, diz.

Os analgésicos e antitérmicos estão classificados como medicamentos isentos de prescrição (MIPs). Mas, apesar de serem vendidos no balcão, sem receita médica, têm efeitos adversos e não deveriam ser consumidos indiscriminadamente. “Na verdade, é preciso esclarecer a população sobre os riscos que o uso irracional desses medicamentos pode causar”, diz Públio. “Um paciente alcoólatra que faz uso frequente de paracetamol, ainda que em doses não abusivas, pode vir a desenvolver uma hepatite fulminante”, explica.

“No Brasil, esse segmento movimentou US$ 902 milhões em 2010, número que coloca o país no patamar de líder entre as nações emergentes e sexto maior mercado do mundo”

A preocupação tem motivos. Esses analgésicos representam 14% dos MIPs no Brasil – é o maior segmento dentro dessa classe. E os medicamentos isentos de prescrição movimentam cerca de um terço do setor farmacêutico brasileiro.

” No mercado global de analgésicos, o Brasil fica atrás de gigantes, como EUA e Alemanha, e supera fortes economias como o Japão e a Espanha “

Públio lembra, ainda, que analgésicos são autorizados a terem propaganda nos meios de comunicação, o que incentiva seu uso indiscriminado. Confira abaixo as diferenças entre os analgésicos e antitérmicos mais vendidos no Brasil e os problemas que podem causar.

Ácido acetilsalicílico (Aspirina, AAS, Melhoral)

Existe há mais de 100 anos. É o mais antigo dos analgésicos/antitérmicos e foi a droga mais consumida no mundo até os anos 70. Seu mecanismo de ação, assim como o da maioria dos anti-inflamatórios, pode aumentar o risco de quadros hemorrágicos. Daí o alerta para evitá-los no tratamento da dengue. Esse é um cuidado que precisa ser tomado, inclusive, por pacientes que sofrem de gastrite e úlceras estomacais, já que pode agravar esses quadros.

Dipirona (Novalgina, Anador)

Medicamento de potente ação analgésica e antitérmica, porém sem ação anti-inflamatória. É muito consumida no Brasil. Pode provocar, em pacientes sensíveis, reações alérgicas cutâneas. Outra reação observada é a hipotensão (queda de pressão arterial).

Paracetamol (Tylenol)

Também é muito consumido no país. Tem ação analgésica e antitérmica. Por atuar no organismo de forma diferente dos anti-inflamatórios, é a escolha quando existe a possibilidade de hemorragia, como nos casos dengue. A toxidade pelo paracetamol ocorre por superdosagem, deficiências enzimáticas, doenças hepáticas ou renais e interações medicamentosas, sendo mais grave quando por múltiplos fatores. A intoxicação hepática grave (hepatite fulminante) pode levar à morte de três a cinco dias após a ingestão de dose alta desse medicamento.

Ibuprofeno (Advil)

Anti-inflamatório que possui ação antitérmica e analgésica. Assim como a maioria do anti-inflamatórios, pode aumentar a possibilidade de quadros hemorrágicos.

” Segundo o instituto especializado nesse setor, IMS Health, de 2006 a 2010, o mercado global de analgésicos cresceu 27% “

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  1. Excelente Carla. Sensacional. Ao ler a materia, a gente se concientiza dos perigos destes medicamentos expostos claramente nos balcoes e prateleiras das farmacias.
    EXCELENTE. vá em frente, eu sei que é difícil, mas voce sempre foi e será uma vencedora.
    Beijos

    • Que bom! É essa a proposta mesmo: conscientizar para que as pessoas possam esclarecer suas dúvidas com o médico. Obrigada pelo incentivo. Beijos,
      Carla

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Carla Chein
Carla Chein
Carla Chein é jornalista com pós-graduação em jornalismo científico. Tem experiência em jornal impresso e como professora no curso de jornalismo.

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