09 - maio - 2024
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Saiba como identificar arritmia cardíaca pelo pulso; veja vídeo

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Você sabia que a frequência e o ritmo da pulsação podem fornecer pistas importantes sobre a saúde do seu coração? Como nem todos que possuem algum problema cardíaco apresentam sintomas, uma ferramenta acessível é o autoexame de pulso, que ajuda a identificar uma arritmia cardíaca.

Havendo alguma alteração, é importante procurar uma unidade de saúde para uma avaliação mais detalhada. Isso porque a técnica não substitui uma avaliação médica profissional. No vídeo abaixo, o médico cardiologista Guilherme Fenelon, coordenador do Centro de Arritmia do Hospital Israelita Albert Einstein, explica como podemos fazer o autoexame. Veja o vídeo:

Autoexame do pulso

“O autoexame do pulso é uma prática simples e eficiente de monitorar a saúde cardíaca. Desta maneira, é possível buscar uma avaliação clínica adequada, uma vez que a detecção de irregularidades – como batimentos sem um ritmo normal, que variam bruscamente de frequência – pode ser um alerta para condições como fibrilação atrial ou extrassístoles (batimentos cardíacos extra) frequentes”, afirma o cardiologista Alexsandro Fagundes, presidente da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac) e professor do curso de medicina da Universidade do Estado da Bahia. 

Na literatura médica, é consenso adotar como referência o intervalo entre 60 e 100 batimentos por minutos (bpm). Considera-se normal esse valor para adultos em repouso ou realizando simples tarefas do dia a dia. Esses valores são relevantes para avaliar alterações na frequência cardíaca, chamadas de arritmias. A orientação dos especialistas é fazer o autoexame uma vez por dia.

Perigos da arritmia cardíaca

“As arritmias que comprometem o funcionamento normal do coração reduzem drasticamente a frequência cardíaca. Existem também as taquicardias, que podem ser de diversas origens, com ou sem doença cardíaca prévia. E, em especial, os batimentos irregulares, que podem sinalizar a presença da fibrilação atrial, que é uma arritmia que pode ser silenciosa, mas requer tratamento preventivo para evitar complicações importantes, como o Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou insuficiência cardíaca”, alerta o presidente da Sobrac.

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A pulsação, medida facilmente na região do punho logo abaixo do polegar, reflete a frequência cardíaca. Nesse ponto, pois, é possível verificar o número de batimentos por minuto através da contagem do pulso radial. Dessa forma, a frequência elevada no repouso, chamada de taquicardia (acima de 100 batimentos por minuto), frequência cardíaca baixa ou bradicardia (batimentos abaixo de 50 por minuto) ou ainda a percepção de batimentos irregulares, que podem sinalizar a presença de algum distúrbio do ritmo que necessite de uma avaliação clínica.

“O autoexame do pulso pode ser complementado por diversos tipos de monitor de frequência cardíaca, como medidores de pressão arterial e, especialmente, relógios de pulso ou telefones celulares. Muitos desses dispositivos vestíveis são capazes de registrar eletrocardiograma, auxiliando o diagnóstico de diversas arritmias cardíacas”, sugere Fenelon, que também é professor de cardiologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Influência de situações diferentes

O coração de uma pessoa jovem e saudável, com idade entre 18 e 21 anos, geralmente bate entre 60 e 90 vezes por minuto. Entretanto, é importante destacar que, se a frequência cardíaca ultrapassar ou ficar abaixo dessa faixa, não necessariamente indica a presença de arritmia cardíaca.

Quando alguém está fazendo exercícios físicos, por exemplo, a frequência cardíaca pode chegar a 150 ou 160 bpm sem que isso seja um risco para a saúde. Da mesma forma, em situações de estresse físico ou emocional, espera-se um aumento da frequência. No outro extremo, durante o sono existe uma diminuição natural da pulsação cardíaca. Essas variações acontecem conforme o corpo reconhece as diversas situações e ajusta o ritmo do coração para a resposta mais adequada a cada cenário.

Cuidado com o calor intenso

O consumo de substâncias estimulantes, como o café, guaraná em pó e energéticos também tendem a elevar a frequência cardíaca, assim como o calor intenso. “Nesses casos, o pulso acelera para que aumente o fluxo de sangue para a pele, permitindo assim resfriamento do corpo. Por isso, nos dias mais quentes, é importante manter uma boa hidratação, usar roupas leves e evitar exposição excessiva ao sol”, aponta o cardiologista Fenelon. 

Mais dicas

Outras recomendações para prevenir arritmia cardíaca incluem, ainda, evitar o consumo de cigarro e de bebidas alcoólicas, o excesso de peso, o controle de glicemia e do colesterol. “Essas medidas, junto ao reconhecimento de alterações ao autoexame, contribuem para a redução do risco de morte súbita”, frisa o cardiologista Fagundes, presidente da Sobrac.

Confira o passo a passo do autoexame de pulso:
  1. A pulsação pode ser aferida com os dedos indicador e médio no punho, próximo à base do polegar com a palma da mão virada para cima, ou no pescoço abaixo da mandíbula; 
  2. No punho, deve-se usar a mão oposta (pulso direito, mão esquerda). Já quanto ao pulso do pescoço, deve-se medi-lo com a mão do mesmo lado (mão direita, lado direito do pescoço); 
  3. Pressione suavemente até sentir a pulsação. Se não conseguir, faça um pouco mais de pressão na região, mudando um pouco a posição dos dedos ou tentando no outro punho;
  4. Para obter a frequência cardíaca, conte o número de batimentos durante 15 segundos e multiplique por 4. Por exemplo, se contar 20 batimentos em 15 segundos, a frequência cardíaca é de 80 batimentos por minuto. Essa medida pode ser repetida algumas vezes para aumentar a precisão do autoexame; 
  5. Verifique se existe alguma variação estranha entre os batimentos, com pausas ou acelerações.
5 dicas para proteger seu coração:
  1. Cuide da alimentação
    Alimentos são o combustível do seu corpo. É por meio deles que vem tudo aquilo de que o corpo precisa para funcionar bem. Segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira, produzido pelo Ministério da Saúde, adotar uma alimentação adequada e saudável é essencial para manter a saúde cardiovascular. A dica é seguir a regra de ouro: consumir alimentos in natura e minimamente processados.
  2. Pratique atividade física regularmente
    Manter uma vida ativa não só protege o coração, como também ajuda a manter os níveis de açúcar e de colesterol no sangue equilibrados, os quais são parâmetros importantes para monitorar a saúde cardiovascular.
  3. Mantenha o peso saudável
    O excesso de peso exerce papel importante no surgimento das doenças cardiovasculares, sendo um dos fatores de risco mais prevalentes nos últimos anos.
  4. Fique longe do cigarro
    Não é só o pulmão, fumar tem grande impacto na saúde do coração também. Na composição do cigarro, já foram catalogadas milhares de substâncias que, além
    de causar dependência, promovem obstrução das artérias, inflamação e aparecimento das placas de ateroma (nome dado à presença de gordura), cálcio e inflamação nas artérias, que podem levar ao infarto. Vale lembrar, também, que a hipertensão é uma doença que tem relação com o cigarro.
  5. Mantenha-se atento(a) em relação à saúde
    Identificar os fatores de risco precocemente é sempre melhor para o sucesso do diagnóstico e do tratamento. Por isso, procure um posto de saúde ou profissional de saúde regularmente para saber como está a sua saúde. Cuide bem do seu coração!
Fontes: Agência Einstein e Ministério da Saúde
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