28 - abril - 2024
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Pressão alta: por que você deve se preocupar?

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Hipertensão atinge um terço da população brasileira

 
Doença não apresenta sintomas e, quando é descoberta, já pode ter trazido complicações

 

 

pressão alta
Crédito:José Cruz/Agência Brasil

Um em cada três brasileiros tem hipertensão arterial – ou seja, a pressão alta. Mas essa prevalência é ainda maior após os 60 anos, quando dois em cada três idosos têm o problema.  No entanto, a alteração, que leva a complicações como doenças cardiovasculares quando não é tratada – e que pode matar -, não deve preocupar só os adultos. Por causa dos maus hábitos da modernidade, a doença vem crescendo entre crianças e adolescentes. O alerta é feito pela nefrologista Frida Plavnik, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Hipertensão (gestões 2017-2018 e 2023–2024). Por isso ela recomenda medir a pressão já a partir dos 3 anos e, ainda, que todo médico faça essa avaliação.

 
Silenciosa

 


“A hipertensão arterial é uma doença sem sintomas, uma assassina silenciosa. Por isso não podemos ficar esperando os sintomas. A detecção precoce (da hipertensão) é que vai permitir um controle mais eficaz”, explica Frida.

 


Mas o grande problema, diz a nefrologista, é que a hipertensão arterial não tem “um evento de marca”.  “A doença pode começar mais cedo ou piorar devido a hábitos de vida inadequados”, ressalta.


Frida lembra, por exemplo, que os fatores de risco englobam o histórico familiar e a obesidade, além de maus hábitos, coo sedentarismo e má alimentação. Nesse cenário, apenas a obesidade impacta 30% no aparecimento ou no agravamento da doença. Ela lembra, no entanto, que a enfermidade é resultado da interação dos fatores de risco. E esses fatores são multiplicadores, ou seja, quanto mais fatores envolvidos, maior é o impacto na saúde.

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A nefrologista explica ainda que a hipertensão ocorre quando existe o aumento da pressão, dentro das artérias, para o sangue chegar aos órgãos. O que ocorre é que, sem sintomas, com o passar do tempo, essa elevação vai prejudicando a função de alguns órgãos, como o coração, o cérebro e os rins. “Pode levar a complicações cardiovasculares (como infarto, derrame) e à insuficiência renal, exigindo a hemodiálise e até transplante de rim”, diz.



“Portanto, o médico deve medir a pressão de seu paciente o mais precocemente possível de forma que possa intervir a tempo de protegê-lo das complicações.”

 


Dor de cabeça e tontura



Segundo Frida,  se a pessoa já tem um problema de coração, vai apresentar sintomas quando a pressão arterial subir. Mas a dor de cabeça, muitas vezes associada à pressão alta, não é sintoma da elevação. “Ou seja, a pessoa pode ter uma dor de cabeça, e a pressão subir por conta disso. A dor é um mecanismo que aumenta a pressão. Então, não ocorre o contrário”, explica.



A  tontura pode indicar uma variação da pressão arterial, diz a nefrologista, mas também pode ocorrer porque a pessoa não comeu, porque se desidratou.  “Por isso é tão importante que as pessoas meçam a pressão com frequência. Também é importante que todo médico faça essa medição, inclusive, em crianças e adolescentes”, ressalta.



Monitoramento



Frida alerta que não é possível associar o aumento da pressão a partir de uma determinada idade. “É que não temos um dado. Sabemos que esse processo começa desde o nascimento, com a predisposição genética. Daí a nossa recomendação para medir a pressão a partir dos 3 anos”, reforça.



A nefrologista lembra que, se a pressão estiver normal (até 12 por 8), o paciente deve fazer a medição uma vez por ano, para controle. “No entanto, se houver uma variação, nós recomendamos medições frequentes para avaliar se isso foi pontual ou se precisamos adotar alguns cuidados”, diz.



Três perguntas


Quem tem pressão alta?


Quem tem valores, sistematicamente, iguais ou maiores que 14 por 9.


Por que a pressão aumenta?



Isso ocorre por vários motivos, mas principalmente porque os vasos se contraem. O coração e os vasos podem ser comparados, por exemplo, a uma torneira aberta ligada a vários esguichos. Se fecharmos a ponta dos esguichos, a pressão lá dentro aumenta. Pois o mesmo ocorre quando o coração bombeia o sangue. Se os vasos ficam estreitos, a pressão sobe.


Quais são as consequências ?



A pressão alta ataca os vasos, coração, rins e cérebro. Os vasos têm internamente uma camada muito fina e delicada. quando o sangue circula com pressão elevada, machuca essa camada. Com isso, os vasos  ficam duros e estreitos. Com o passar dos anos, podem entupir ou romper – o que acontece no coração, nos rins ou no cérebro. A hipertensão provoca 40% dos infartos, 80% dos derrames e 25% dos casos de insuficiência renal terminal.

 
Fonte: Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH)

*Texto atualizado às 11h40 de 19 de julho de 2023

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Carla Chein
Carla Chein
Carla Chein é jornalista com pós-graduação em jornalismo científico. Tem experiência em jornal impresso e como professora no curso de jornalismo.

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